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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Reclamações em Crise

Revista Fôlego, Editora DFP, 1 Ed. Outubro/2013

Virgindade: o dilema!

Ser virgem significa nunca ter tido uma relação sexual. Mas afinal, o que isso significa?

Relação sexual é uma ação entre duas ou mais pessoas, que deve ter como objetivo a satisfação sexual, onde existem diversos tipos de atividades sexuais (oral, anal, sem penetração, com penetração...), porem o que mais se estabelece é o junção dos órgãos genitais.

O termo e o conceito de ¨virgindade¨ foi sendo construído pela sociedade, a qual ao longo de toda a história ela foi estabelecendo critérios sobre quando, como, e onde as pessoas deveriam ¨perder¨ a sua virgindade.

Ha alguns anos, a virgindade era tratada com muito zelo. Não se falava muito sobre o assunto, e quando surgiam comentários, focavam o ¨ser virgem¨ apenas ao sexo feminino. Alguns homens, ou melhor, meninos, eram levados pelos seus pais em casas de prostituição para deixarem de ser virgens. Era, e pode-se dizer que continua sendo, um orgulho para alguns pais saber que o filho homem já transou. E as meninas, eram instruídas que sexo era sujo, e que ela jamais poderia fazer, ou se fosse fazer, apenas depois que casasse. E assim foram sendo criados conceitos, regras, estigmas, tabus, preconceitos... 

Atualmente a virgindade parece ser tratada como um comércio, um produto que está ali só incomodando. Até meninas leiloando a sua virgindade já apareceu na internet. Um exemplo também são as novelas que mostram situações constrangedoras para quem é virgem, ou seja, a mídia deturpa o sexo, e deixa explícito a sexualidade de um jeito que não condizem com algumas idades de pessoas que estão assistindo, fazendo com que elas interpretem a situação mostrada de uma maneira errada. Isto é o que eu tenho visto em meu consultório, adolescentes virgens desesperadas para deixarem de ser, mentiras no rol de amigos dizendo que não é mais virgem com medo de ser julgada (o), falta de informação correta, falta de prevenção contra gravidez e dst´s, promiscuidade, entre outras situações que só me deixa mais preocupada com a parte da educação sexual com os adolescentes.

Julgamentos, e o medo deles, fazem com que pessoas tenham desvios de comportamento e emocionais. Julgamentos que são desde comentários até atitudes, como por exemplo, ter comentários sobre uma pessoa que é virgem  porque ele é feia, ou até mesmo comportamentos como apostar com amigos em conseguir transar com a pessoa que é virgem. 

Ser virgem não é uma doença, e nem deve ser visto como um problema. Lógico que tudo depende de pessoa para pessoa, desde a sua idade até a sua história de vida, da sua educação, cultura, religião e princípios. 

A primeira vez, tanto da mulher como do homem, é muito importante e irá fazer parte da construção da própria sexualidade. ¨Perder¨ a virgindade simplesmente porque quer, porque os amigos já não são mais virgens, por pressão da sociedade, por impulso, ou com qualquer pessoa, pode acarretar em diversos problemas futuros, e dentre eles, as disfunções sexuais. Nos homens, as disfunções sexuais mais frequentes é a ejaculação rápida ou atrasada, a perda de ereção, falta de desejo sexual ou até um desejo exacerbado, podendo provocar uma compulsão sexual. Nas mulheres algumas disfunções é o vaginismo, dispareunia, a anorgasmia, baixo desejo sexual entre outros. 

A sexualidade humana é construída ao longo da vida, e é por isso que a primeira vez do sexo é tão importante, pois é o primeiro contato físico sexual que a pessoa terá, e que com certeza ficará marcado essas lembranças.

¨Perder¨ a virgindade requer um momento de reflexão e de amadurecimento. Tudo tem o seu momento e a idade adequada, portanto, é importante saber qual é esse momento, estar certa (o) que realmente está pronta (o) para realizar a primeira atividade sexual, gostar muito da pessoa, confiar, e acima de tudo, obter informações sobre prevenção de uma gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis.

Se existir qualquer dúvida, significa que não é o momento adequado de ¨perder¨ a virgindade. Conversar com os pais, e/ou pedir que os levem em profissionais especializados (como médicos, psicólogos e sexólogos) para tirar as dúvidas antes de inciar a vida sexual, pode contribuir para essa primeira vez não acontecer de maneira que haja arrependimentos. 

Sabendo disso, iniciar uma educação sexual dentro de casa é o mais recomendado, procurando também informações corretas para passar aos filhos. 

A virgindade não é um produto, que de repente você resolve não te-la mais. Com cautela e responsabilidade, no momento certo e com uma pessoa que haja afeto, com certeza será muito melhor esta primeira vez, que repercutirá nas demais relações sexuais.

Busque informações, procure um profissional especializado, pois a educação sexual não pode ser vista como uma educação à parte, mas sim fazendo parte da educação global de cada pessoa.

Psi. Adriana Visioli 

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O desafio de compreender o outro e ser compreendido

Vivemos em um mundo no qual, aparentemente, as pessoas buscam conhecer novas culturas e gente através de viagens dentro e fora do país. Assistimos a programas de TV que contam histórias de outros povos e de outras regiões do nosso Brasil e do mundo. Aparentemente isso nos estimula a aceitar e compreender o outro, que é diferente de nós. Mas ao contrário do que parece, estamos vivendo uma situação a qual, cada dia mais, entendemos menos quem está ao nosso lado; compreendemos menos a pessoa que está mais próxima de nós; e, surpreendentemente, esperamos que todos em nossa volta compreendam nossos sentimentos. Esta situação vira um impasse que trava as relações e tornou-se um grande desafio da atualidade, para todos nós.
Compreender o outro não significa simplesmente aceitar as ideias e atitudes diferentes das suas. Também não significa apenas saber explicar os motivos que levaram uma pessoa a agir desta ou daquela forma. Ou seja, compreender a pessoa que está ao nosso lado não é falar o tanto que você sabe sobre ela e explicar o porquê de você achar que ela tem determinadas atitudes. Compreender o outro é você entender de maneira profunda os sentimentos da pessoa e a situação que ela está vivendo e demonstrar que você está ali para ajudar ou compartilhar o momento com ela. Compreender o outro significa você saber escutar o sentimento da pessoa quando quer falar do seu.
Ora, todos nós queremos e sentimos a necessidade de sermos compreendidos. Ter uma pessoa ao nosso lado, que escute nossos sentimentos, que esteja pronta todo o tempo para nos ouvir e ajudar quando estamos tristes e festejar junto quando estamos felizes. Ser compreendido significa chegar em casa e encontrar aquela pessoa, que o espera e o recebe com interesse em conhecer suas novas histórias diárias, os sentimentos que suas experiências proporcionaram. Ou que aquela pessoa que chega em casa tenha interesse em escutar os sentimentos e experiências que você vivenciou, sem ela por perto.
Acontece que, como todos querem a mesma coisa, esquecemo-nos de que para ser compreendido também temos de compreender o outro. No entanto, ninguém está totalmente habilitado para compreender o outro se, antes, em algum momento da vida, não se sentiu compreendido de alguma forma. E é exatamente esta a essência da compreensão. Ninguém é capaz de compreender o outro se não tiver sido compreendido antes. É preciso que você se compreenda, que você entenda os seus sentimentos verdadeiramente, para que consiga expressá-los de forma que o outro também possa te compreender verdadeiramente.

Vinícius Quiroga

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

A busca pelo inverno mais quentinho

Inverno, frio e cobertor... de  “orelha”?! 

Os relatos de muitas pessoas sobre o assunto se resumem em: “é bom ter uma companhia no frio, já que os programas se tornam mais caseiros no inverno, mas o sexo é bem melhor no verão”.

É verdade que a frequência sexual decai no inverno, ou será apenas um mito?

É natural no frio os casais ficarem sem ânimo para buscarem as relações sexuais, isso acontece por diversos motivos.

No inverno as pessoas tendem a ficarem mais preguiçosas, e sexo com preguiça não é uma boa combinação. 

Outro motivo é que em algumas pessoas podem ocorrer mudanças corporais, pois acabam comendo muito mais do que no verão, interferindo diretamente na sua auto estima, e a pessoa com uma auto estima baixa não se sentirá sexy e diminuirá sua vontade ao sexo, se esquivando de momentos que possam levar a ele.

As pessoas deixam de se empenhar quando se diz respeito ao desejo sexual, se acomodam. Deixam de pensar, falar e fazer coisas que estimulem o desejo a aparecer. Em qualquer estação do ano, é necessário que haja estímulos sexuais, e não apenas no inverno. Se o casal já pratica esses estímulos frequentemente, com certeza não terá problemas com a diminuição do desejo, e se você percebeu que seu desejo está em baixa, ou o desejo do seu parceiro (a), está na hora de começarem a fazer alguma coisa a respeito.

Portanto, uma maneira do frio não atrapalhar a vida sexual do casal, é  não colocar o frio como uma desculpa, e se esforçar constantemente é um exercício para o aumento da libido.


Algumas questões podem estar ajudando, como pensar e falar mais sobre sexo, buscar fantasias, ser criativo, comprar brinquedos eróticos, sair da rotina, e saber usar das ferramentas que o inverno nos oferece, como tomar um bom vinho, fazer uma jantinha com ingredientes afrodisíacos, as carícias em baixo do cobertor pode desinibir, surpreenda o outro preparando um ambiente quentinho e romântico, faça jogos de sedução, criem formas divertidas e gostosas para as preliminares, use das roupas para provocar o outro, alugue um filme provocante, enfim, aqueça a sua vida sexual para não passar o inverno inteiro hibernando, e deixando o inverno ainda mais frio. Lembre-se que fazer sexo, esquenta!

Psi. Adriana R. de C. Visioli

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Dia dos Homens

Hoje é o dia nacional do homem, e por que não homenageá-los?

Muitas mulheres esperam que homens sejam românticos, cobram atitudes e comportamentos que as deixem mais seguras e desejadas, mas esquecem de que não são apenas as mulheres que gostam e precisam disso, mas os homens também se sentem gratificados em receber esse tipo de comportamento.

Sempre digo uma coisa: “se você quer uma mudança, se você quer atitudes, comece fazendo você!”.

Sejam homens ou mulheres, todos gostamos de serem lembrados com atitudes carinhosas. O romantismo não faz parte apenas do papel masculino, as mulheres também precisam ter iniciativas que deixam seus parceiros mais desejados, afinal, quem se sente desejado é muito mais fácil desejar.

Só receber não vale, pois chegará uma hora que o outro cansará apenas de fazer, e não receber. Portanto, aproveite o dia de hoje para fazer uma surpresa! Use da criatividade para sair da rotina, e nada melhor que um dia como o de hoje para incrementar o relacionamento.

Se o seu companheiro não aprendeu como ser romântico e não costuma ter atitudes que a valorize, encare essa tarefa como um obstáculo, ensine você a ele através de um diálogo e atitudes!

Flores, chocolates, bilhetinhos, presentes, janta especial... tanto faz, o importante é não passar em branco!

Parabéns a todos os homens!!


Psi. Adriana R. de C. Visioli

domingo, 14 de julho de 2013

Homens depois dos 40 buscam romance e sexo em relacionamento

Pesquisa de site especializado mostrou que elas querem companheiro, mas morando em casas separadas, enquanto eles buscam sexo e casamento.

Pesquisa realizada com mais de 7500 participantes por um site especializado em relacionamentos entre pessoas de mais de 40 anos descobriu que, nesta fase, as mulheres querem mesmo é namorar.
Em site de relacionamentos para pessoas com mais de 40, mulheres querem companheiro e mais homens querem se casar

Mas, quando se fala em casamento, eles estão mais interessados que elas, ainda que ligeiramente: 25% (homens) a 22% (mulheres).
Em pergunta que admitia mais de uma resposta feita pelo Coroa Metade, as participantes da pesquisa disseram procurar, em um relacionamento, namoro, amizade, romance, casamento, “ficar” e sexo – nesta ordem.
Eles elegeram, na ordem, namoro, amizade, romance, sexo, “ficar” e, por último, casamento.
Para Airton Gontow, diretor do site, a explicação é simples. "Essas mulheres tiveram muitas vezes péssimas experiências com homens que pouco contribuem nas atividades cotidianas", diz. “'Não quero um filho. Busco é um companheiro'” já se tornou quase um jargão de tanto que ouvimos das usuárias do site, especialmente as que já passaram dos 50 anos”.
É o caso de Sandra Campos, 54, advogada, que acha que os homens são mais carentes do que as mulheres. “A mulher se vira muito melhor sozinha”, diz.
Sandra já foi casada e está separada há seis anos. Procura um relacionamento monogâmico, mas não pretende se casar. “Teria que valer muito a pena”, conta, recordando um relacionamento que teve com um homem de 64 que queria casar “de papel passado e tudo”. “Depois que você conhece melhor a pessoa, começam a aparecer as queixas: ‘minha empregada cozinha tão mal’, ‘não aguento mais comer em restaurantes’... Não sou boba. Nessa hora já vejo que o que eles querem: uma empregada”.
Mas o item em que homens e mulheres mais se distanciam é o sexo. 36% deles indicaram-no como um objetivo na relação, contra apenas 7% delas.Sexo
“As mulheres, em sua maioria, buscam um companheiro fiel, mas não querem dividir o mesmo teto”, comenta Airton. Mesmo assim, elas procuram um relacionamento estável: 26% dos homens incluíram “ficar” na lista do que procuram em uma relação, contra só 3% das mulheres.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Somente as mulheres magras e jovens são felizes?

  • Cobrança para se adequar a padrões de beleza é mais forte para as mulheres, diz psicóloga
    Envelhecer é um processo difícil para todos. E não ter o corpo parecido com os das estrelas da televisão é motivo de insegurança para muitos. Mas, para as mulheres, as duas situações geram mais sofrimento. "Há uma carga maior para as mulheres por conta da exigência social e dos padrões de beleza a que elas são expostas o tempo todo. A maioria das pessoas, apesar de não admitir, observa com restrição quem está fora do modelo", diz a psicóloga Silvana Martani, da Clínica de Endocrinologia do Hospital Beneficência Portuguesa (SP).
Escrito pela roteirista e dramaturga Nanna de Castro, "Só as Magras e Jovens são Felizes" (Editora Paulinas)" é um o livro de crônicas que questiona esse drama. "É uma provocação, uma tentativa de fazer as pessoas refletirem sobre a crença que direciona grande parte da vida de muitas mulheres, até daquelas que se acham muito bem resolvidas psicologicamente, como eu", diz ela.
Famosos e anônimos mostram que peso não é um problema
Va Álbum 
A ideia surgiu quando a escritora percebeu que passava grande parte do dia tensa e culpada por se sentir gorda. "Estava me tornando uma pessoa muito infeliz, massacrada pela necessidade de atender a padrões de beleza que são muito cruéis com o envelhecimento. Percebi que nadava contra uma cachoeira para tentar ser magra e jovem, e não para ser feliz".
A cobrança por um corpo escultural não era externa, mas interna. "Ficava me torturando e dizendo a mim mesma que eu era culpada de ter 46 anos e uma barriga de mãe de trigêmeos. Culpada por ter um corpo normal para uma mulher da minha idade", afirma.
Quando percebeu o que fazia consigo mesma, Nanna diz que largou a cruz que carregava e aceitou ser como era. Com isso, ficou menos ansiosa e passou a comer menos. "Quero me sentir bem, feliz, em paz. Estas são as prioridades absolutas e sei que plástica e regime podem até ser coadjuvantes, mas estão longe de determinarem minha felicidade".

Feliz e confiante

A top model Fluvia Lacerda, 32, é o exemplo de mulher bem resolvida com sua aparência. Mora nos Estados Unidos há mais de 14 anos e virou uma espécie de Gisele Bündchen da moda plus size. "Sempre questionei a ditadura da beleza. A vida é muito curta para perder meu tempo sendo infeliz sem necessidade. Trabalhando no mundo da moda descobri pessoas que passam, como um reflexo pessoal, suas frustrações para outras. Nunca permiti que esse tipo de coisa me afetasse", diz.
Para Fluvia, a imposição de uma imagem praticamente inatingível está em toda parte. "Somos constantemente bombardeadas com a informação de que estamos erradas. Sempre quis saber quem impõe isso e o motivo pelo qual seguimos essa ideia. Acho que, a partir do momento em que nos perguntarmos isso, iremos nos preocupar mais com nossa saúde e menos com a obsessão de ser magra", diz a modelo.
Fluvia acredita que a beleza está na diferença entre as mulheres. "Nossa genética, principalmente como brasileiras, é o que nos dá uma beleza singular. Infelizmente, não fomos ensinadas a celebrar e apreciar isso", diz ela. "Acho que a forma com que fui criada é um perfeito exemplo de que, quando uma mãe ensina para sua filha que ela é linda do jeitinho dela, crescemos sem paranoias. Perdemos tempo nos apegando a uma vaidade vazia e deixamos de nos preocupar com um conteúdo de valor", afirma.
Claro que se desprender dos padrões nem sempre é fácil. Exigências externas se misturam com as internas e com as pressões culturais, e a busca pelo corpo perfeito move milhares de mulheres para as academias e para as dietas mirabolantes que prometem muito e acabam com a saúde.
"Ser magra é uma exceção genética e não significa felicidade. Entre 2001 e 2002, fiz um levantamento com 140 modelos, com 18 anos. Todas queriam emagrecer pelo menos uns três quilos", afirma o psicólogo Marco Antônio de Tommaso, que faz assessoria psicológica para agências de modelos, é credenciado pela Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e atuou, em 2004, como consultor na campanha Mulheres Reias da marca Dove.
O estudo ainda apontou que 92% delas fariam uma cirurgia plástica para corrigir defeitos que acreditavam ter. "É uma insatisfação permanente das mulheres. Muitas ficam ansiosas por terem engordado e outras engordam por ansiedade. O alimento passa a ser um anestésico, uma forma de diminuir esse sentimento. É preciso ver o que está por trás. Geralmente é um conflito emocional", diz Tommaso.
Espelhar-se em atrizes e cantoras bonitas, magras e jovens também pode ser uma cilada da mente. "É uma máxima que se transforma em verdade. Parece que é o único jeito de ser feliz. A pessoa se olha no espelho e acha que está infeliz por não ser igual, não ter o corpo magro, mas esquece de ver as escolhas que essa pessoa faz na alimentação e nos exercícios físicos", diz o psicólogo clínico Raphael Cangelli Filho, coordenador do grupo de psicologia do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP e supervisor de estágio clínico do curso de Psicologia da Universidade São Judas Tadeu.

Mudança consciente 



Para Fabiana Karla, o padrão de beleza que cultua a magreza está caindo no esquecimento. "Estamos passando por um momento no qual as pessoas têm trabalhado a aceitação dos outros e de si mesmas. Hoje, cada um está fazendo a sua moda e adequando o vestuário ao seu corpo, às suas formas. Arrisco dizer que as ditaduras de beleza e os preconceitos são vistos como uma coisa cafona", diz.Intérprete da personagem Perséfone, da novela "Amor à Vida", a atriz e comediante Fabiana Karla, 37, é tão bem resolvida com seu corpo que já até fez piada sobre peso no programa "Zorra Total". "Desde pequena fui 'fofuxa'. Na adolescência cheguei aos 60 quilos e, depois dos três filhos, fiquei com 80. O efeito sanfona era tanto que se me apertassem eu cantava um forró!", diz.

Apesar de se sentir bem com o peso, em dezembro de 2010, Fabiana colocou um anel no intestino para emagrecer um pouco, para prevenir os problemas que poderiam surgir no futuro, como diabetes, pressão alta e problemas cardíacos. "Fiz pensando na saúde. Tenho três filhos e muito amor à minha vida, muitos projetos a realizar. Pesquisei e vi que não me enquadraria na cirurgia de redução de estômago", diz. Com a intervenção, ela perdeu 23 quilos de forma saudável e sem tomar medicamentos. 
O psicólogo Raphael Cangelli Filho também acredita que a saúde deve ser a única preocupação de quem deseja emagrecer. "Não pense no que foi ditado pelo outro. É uma busca pelo prazer pessoal. Corra atrás da magreza saudável e fuja dos padrões. É preciso que a mulher se sinta melhor consigo mesma, o que é muito diferente da obsessão, que chega a limites doentios", afirma.
Para o psicoterapeuta Marco Antônio de Tommaso, é preciso saber qual o peso viável para cada pessoa, e não o ideal. "Comparar-se com as mulheres mais bonitas do mundo é cruel. Nem as top models são tão lindas de cara lavada", diz.
Para a psicóloga Silvana Martani, a servidão a um padrão tem dia e hora para acabar. "Cada mulher irá romper com a exigência como puder, passando a ser mais autêntica, liberta e valorizando a saúde como o bem mais precioso. Então, serão realmente bonitas", diz.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Dia dos namorados chegando, e nada melhor do que comemorar este dia ao lado da pessoa especial que escolhemos para estar ao nosso lado.

Quem tem esta pessoa, não desperdice esse momento tão grandioso para dar um “UP” no relacionamento.

Uns ficam na dúvida sobre o que fazer, o que dar de presente... outros ficam na expectativa deixando muitas vezes nas “mãos” do outro a iniciativa de fazer algo diferente. E em alguns casos, nenhum faz nada!

Existe uma importância muito grande para o casal não passar o dia dos namorados em branco, sejam eles casados ou não. A importância é que conforme os dias vão passando, os casais vão esquecendo de demonstrar seu sentimento ao outro, perdendo inúmeras oportunidades e momentos, ou até mesmo ficam esperando que este momento apareça sozinho, não vão atrás dele, e este dia é uma oportunidade do casal criar um clima especial, sair da rotina, demonstrar sentimentos e colocar aquele temperinho que há tempos está guardado no armário.

Namorar não é apenas um “status de relacionamento”, namorar significa ter uma relação afetiva com uma pessoa, a qual existe o desejo de compartilhar os momentos vivenciados, os sentimentos, demonstrar carinho, afeto, ter vontade de beijar, de abraçar, sonhar, respeitar... enfim, namorar é uma união que envolve afeto, e que este afeto precisa ser demonstrado.

Se existirem dúvidas sobre o que fazer neste dia, criem esse momento juntos! Conversem sobre o que cada um gostaria de fazer, imaginem esse momento, compartilhem fantasias, brinquem durante a semana um com o outro, e no dia, caso forem cozinhar, que tal irem os dois juntos para a cozinha? Será um momento de organizarem uma noite especial, aproveitando para estreitar a comunicação, a intimidade, e até mesmo estimular a libido do casal. Lembrando que tudo o que é feito com descontração fica muito mais gostoso.

Não fique esperando uma atitude do outro, tenha você!  

Nem sempre o melhor presente é um objeto, mas pode ser as atitudes que terá neste dia. Ser criativo é buscar uma novidade, é sair do óbvio, é surpreender aquela pessoa com algo que ela não esperava.

Aproveite este dia para sair da rotina! A rotina não é apenas um lugar, mas também são comportamentos, ou seja, não adianta ir jantar em lugar diferente e agir da mesma maneira como todos os dias. Palavras ditas ou escritas, demonstrações, carícias, pequenos gestos podem significar um dia muito especial, e momentos especiais engrandecem qualquer relacionamento, portanto, busque por eles!

Uma feliz semana do dia dos namorados!


Psi. Adriana R. de C. Visioli 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Vida a dois: não importa a crise sexual, sempre é possível recomeçar

Se é solteiro(a) reclama a falta que faz uma parceria, se casado ou mora junto, reclama da monotonia e da falta de liberdade.

Essas reclamações sempre recaem também nas questões sexuais.

As mulheres reclamam da falta de romantismo e sedução: da busca por parte dos homens de um sexo direto, sem carícias envolventes. E os homens por sua vez reclamam da falta de sexo. Eles querem mais: uma vez por semana é pouco; que dirá sexo quinzenal ou mensal! Outra queixa deles é a pobreza sexual sem variações: só o mesmo roteiro "papai-mamãe".

Essas dificuldades têm como consequência o afastamento do casal e, num círculo vicioso, as reclamações só tendem a aumentar!

Alguém precisa quebrar esse ciclo de acomodação e reclamações.

Há quanto tempo esse casal não sai sozinho? Sem família,  filhos ou amigos?

Atividades não sexuais podem apimentar vida sexual:   

1ª) Retomem o clima de namoro;

2ª) Demonstrem interesse e prazer de estar com o outro;
3ª) Saiam para ir ao cinema, vejam o pôr-do-sol ou simplesmente passeiem de mãos dadas;

4ª) Vejam um filme romântico em casa ou faça, uma sessão remember de músicas que vocês curtiram juntos;

5ª) Tomem um vinho juntos e escolham umas dez ou quinze fotos de vocês em momentos gostosos, apaixonados ou apenas divertidos e revejam ...

Enfim, falo da importância de fazer coisas como casal, juntos!

As pessoas trabalham e ficam fora de casa muitas horas. Um torpedo malicioso ou telefonema carinhoso no meio do dia pode trazer um efeito excelente. Na maioria dos casos, as pessoas voltam para casa a tempo de comer e dormir. Se cada um fica num cômodo da casa, assistindo TV, navegando na internet, cozinhando ou fazendo uma outra atividade sem comunicação e troca... o distanciamento fica evidente.

Eu não estou dizendo que tenham que ficar grudados o tempo todo, mas sim estar mais perto, isso pode fazer muita diferença e dar a chance de uma aproximação física.

10 dicas para variar o roteiro sexual: 

1ª) É preciso sair da acomodada rotina: transar sempre num determinado dia, no mesmo horário, após o banho ou quando acorda, sem investir em variações.

2ª) Resgatem práticas sexuais que foram deixadas de lado; 
3ª) Tomem banho juntos, é altamente erótico;

4ª) Mude a lingerie: nada daquele conjunto básico, biquíni da vovó e cor da pele, invista em lingeries menores, sensuais, de diferentes cores;
5ª) Permita-se usar apetrechos que possam trazer suspense ou excitabilidade à relação: pode ser uma venda nos olhos; estimular o corpo com uma pena/pluma; cremes que esquentam ou esfriam; cremes com sabor que facilitam brincadeiras mais erotizadas de lamber ou chupar diversas áreas do corpo...

6ª) Façam uma troca mútua de caricias: muitos não gostam de nomear, mas trata-se de masturbação mútua;

7ª) Explorem o corpo com beijos, mordiscadas e sexo oral. Para a prática de sexo oral seguro e para mulheres que ainda não têm muita segurança ou prazer/conforto com cheiro ou gosto do sêmen, orienta-se o uso de preservativo; os com sabores/aromas podem até fazer parte de uma brincadeira entre o casal: hoje vai ser de menta, morango, chocolate ou  até de coca-cola;

8ª) Mude, varie o local da transa: isso abre a possibilidade para a criatividade rolar...;
9ª) Varie posições; permitam-se experimentar sempre... isso traz um gosto de coisa nova;
10ª) Brinque com fantasias, traga um filme mais sensual ou erótico; assista na própria internet, onde os filmes são segmentados para todos os gostos e fetiches.

Para esquentar o desejo, nada é proibido! O que fica proibido é continuar na postura de quem só reclama e acha que a relação dos outros é melhor, ou fica sempre na expectativa de que o outro mude.  No caso, os dois são  responsáveis por essa aproximação.

E alguém tem que começar...

 Dê esse artigo para sua parceria ler com um bilhetinho: Vamos começar a mudar, a melhorar?
                     
Boa sorte!

por Arlete Gavranic

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Fugir de abraços podem significar problemas

Hoje é o Dia do Abraço. 

O abraço pode ser considerado gostoso para muitos, mas existem pessoas que se sentem mal quando existe alguma forma de aproximação para demonstração de afeto, ou até mesmo para qualquer contato físico.

Existem diversos motivos que podem levar uma pessoa a não gostar de abraçar. Como por exemplo a nossa história, que é uma das principais responsáveis pelo que somos hoje. Desde criança vamos aprendendo a construir conceitos e vivencias através do contexto em que estamos inseridos. Infelizmente, não reproduzimos apenas as coisas boas, mas também as negativas. Ao longo dessa construção, vão vindo estímulos e consequências positivas e/ou negativas, que poderão interferir em como lidamos com as demonstrações de sentimentos e afetos, ou seja, se você se sente a vontade ou não em demonstrar e em receber essas demonstrações de outras pessoas.

Em algumas síndromes um dos comportamentos para o diagnóstico é não gostar de contato físico, como a Síndrome de Asperger e o Autismo. Se essas síndromes não forem tratadas adequadamente por profissionais especializados durante a infância, poderá repercutir em sua fase adulta.

Outros motivos que podem gerar adultos que fogem de abraços, podem ser traumas passados. Como por exemplo, um abuso sexual na infância ou outro tipo de violência. Este pode ocasionar diversos conflitos, e entre eles estão as dificuldades em demonstrar sentimentos, agressividade, a esquiva de situações e de relacionamentos, a fuga da intimidade com o outro, transtornos e dificuldades sexuais, entre outros.

A experiência dentro de casa também reflete em abraçar muito, pouco ou nada. Se uma criança cresce em um ambiente a qual os pais ou cuidadores não se abraçam nunca, e também não o abraçam, certamente quando crescer, não dará tanta importância ao abraço.

Casais, ao longo do tempo em que estão juntos, vão perdendo o hábito de se abraçarem.

O abraço é uma demonstração de afeto. É considerado por muitos um aconchego, um comportamento que pode amenizar qualquer sofrimento. 

Não deixem o abraço se extinguir da vida de vocês. O abraço faz bem a nossa saúde e faz bem ao outro. Nos dá sensações prazerosas. Abraçar pode diminuir o estresse, a ansiedade e o medo... Também aproxima pessoas estreitando a intimidade.

Durante um abraço, a empatia precisa estar presente para ser gratificante, ou seja, precisa ser sincero e com confiança, e através do abraço é capaz de unir sentimentos positivos, sejam eles passados entre pais e filhos, amigos, familiares, namorados, casados...

Analise como você se comporta e o que você sente quando recebe um abraço de pessoas que você gosta. Caso perceber que sente algum tipo de desconforto, procurar uma ajuda de um psicólogo pode ajudá-lo a decifrar e a buscar meios para lidar com essas situações.

Abraçar faz muito bem, portanto, um grande abraço a todos os leitores!

Psi. Adriana Visioli