Páginas

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Impotência

A impotência (disfunção erétil) possui muito mitos. E há um temor imenso nos homens que isto aconteça.

Mas antes de tudo, é preciso entender o que é uma disfunção erétil e desmistificar muitos conceitos que a sociedade apresenta perante o assunto.

Infelizmente, vivemos em uma sociedade muito machista, havendo uma grande pressão, principalmente aos homens, com relação ao seu desempenho sexual. Escuta-se o famoso mito milenar, que homem precisa estar sempre apto ao sexo, independente de qualquer circunstância. Estar apto ao sexo inclui estar sempre com desejo, com uma plena ereção e jamais falhar.

Este conceito acaba sendo um peso muito grande a ser carregado pelas pessoas (homens e mulheres – homens por se cobrarem demais e sofrerem quando não acontece conforme o esperado, e mulheres por cobrarem dos seus parceiros e se frustrarem, também causando um sofrimento). A falta de conhecimento do casal pode gerar conflitos gigantescos, podendo até levar a uma separação.

Não existe aquele ditado que “quem está na chuva é para se molhar”?  Quem tem uma vida sexual ativa também está propenso a perder a ereção.  Pode acontecer com todos os homens, seja perder totalmente a ereção, ou simplesmente perder um pouco a potencia, a rigidez.

Mas uma vez que perdeu a ereção já é impotente? Não! A disfunção erétil é caracterizada como disfunção quando começa a atrapalhar a vida daquele homem,  ou seja, começa a gerar problemas no seu emocional, no seu relacionamento amoroso e/ou social. Também quando esta perda de ereção começa a ser frequente na vida deste homem, ou seja, quando há uma incapacidade persistente ou recorrente de manter a ereção até o final da atividade sexual.

Alguns casos de perda de ereção podem estar relacionados ao emocional. Podendo ser diversas as causas, desde o estresse do dia-a-dia, conflitos conjugais, falta de atração pela parceira, ansiedade, depressão, medo do fracasso, conflitos emocionais antigos, culpa, repressões sexuais, entre outros conflitos individuais de cada pessoa.

Também existem causas orgânicas que levam um homem a não conseguir ter ou manter por muito tempo uma ereção. Como a deficiência de hormônios como a testosterona, excesso de prolactina, a presença de alguma doença como, por exemplo, o diabetes, o uso de medicamentos que combatem a hipertensão, anormalidade vascular peniana.

Para o tratamento, é necessário pensar em uma soma desses fatores orgânicos e emocionais, combinando algumas técnicas terapêuticas para melhor sucesso. Com os exames de rotina já é possível detectar se há algum problema orgânico ou não, por exemplo, se existe uma falta ou diminuição do hormônio chamado testosterona, o que é possível repor através de medicação. Caso for um problema de vascular ou neurológico, é possível em alguns casos indicar a cirurgia ou até mesmo a colocação de prótese.  Porem esses métodos são de última alternativa para o tratamento, sendo apenas utilizados quando outros tratamentos passados não adiantaram, como tratamento medicamentoso e terapia sexual.

Quando o homem faz todos os exames, e não há nenhuma alteração orgânica, relaciona-se ao psicológico, sendo esta pessoa encaminhada para realizar Terapia Sexual.

IMPORTANTE: Jamais consuma medicamentos para a impotência sem indicação do médico, pois não são todas as pessoas que podem estar ingerindo-os. Procure um profissional  especializado e converse sobre o assunto e possíveis tratamentos. Não tenha vergonha, pois o profissional (seja o médico ou sexólogo) foi capacitado para lidar com esta sua dificuldade.


Psi. Adriana Visioli

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Os erros sexuais mais frequentes

Os erros que os homens cometem:


•Achar que têm um impulso sexual mais forte que o feminino. 
 Bobagem. Os motivos que levam os homens a conservarem seu posto de principais instigadores sexuais não têm a ver só com desejo, mas com outros fatores que pesam na equação. Num casal, é mais provável que a mulher assuma os cuidados com a casa, além da ocupação profissional que desempenha em horário integral. Resultado: nós vivemos mais cansadas. A nossa libido sofre grande influência das variações hormonais. Resultado: em geral nós sentimos muita vontade de fazer sexo num período específico, em vez de ter vontade moderada o tempo todo. Além disso, as mulheres tendem a vincular mais fatores emocionais à sua disposição sexual. Resultado: se você anda deixando a desejar como parceiro fora da cama, não vá esperando que sua mulher se anime muito a pular nela em sua companhia. E, para encerrar, evidências comprovam que enquanto os homens se excitam com pensamentos sexuais, as mulheres são mais excitáveis por sensações. E isso quer dizer basicamente que nós podemos começar meio devagar, mas que à medida que as coisas forem avançando, certamente entraremos no ritmo.

•Achar que as mulheres não são tão “sacanas” quanto eles. Você acha mesmo que é o único que devaneia em fantasias detalhadas envolvendo suas companhias de viagem no vagão do metrô? Caia na real. Aquela garota que você está “conferindo” disfarçadamente desde a última estação pode estar fazendo a mesma coisa nesse exato momento. Numa pesquisa recente que mensurou a irrigação sanguínea nos órgãos genitais (que tende a aumentar no estado de excitação), foi constatado que as mulheres na verdade se excitam mais com fantasias explícitas do que com cenários mais românticos. Nós não somos as criaturas frágeis e delicadas que vocês costumam imaginar. Se você não acredita em mim, procure o livro da Nancy Friday sobre fantasias femininas da próxima vez em que estiver numa livraria. Ela coletou relatos de mulheres do mundo todo, e acredite: você não vai achar nada no texto sobre sujeitos montados em cavalos brancos e passeios românticos à beira-mar!

•Achar que sexo só é sexo se incluir o coito vaginal. Para você, a penetração é o prato principal, e as preliminares são como uma entrada. Pois saiba que para muitas mulheres o principal são as preliminares, e a penetração funciona só como um acompanhamento bem saboroso. Procure adotar o hábito de ser mais específico sempre que falar de sexo. Divida a coisa toda. Fale em “sexo oral”, “estimulação com as mãos”, “penetração”. Isso vai reforçar a idéia de que o sexo envolve bem mais do que o coito em si, e vai impedir que você fique centrado só na penetração. Afinal, sejamos honestos aqui: se tudo o que interessa para vocês é meter a sua coisa na nossa coisa, o processo todo não vai levar mais do que alguns minutos todas as vezes que acontecer. E isso vocês não querem, não é mesmo? Imaginando o sexo como o ato de dar e receber prazer, cada transa vai perdurar indefinidamente.

•Achar que a parceira vai ficar impressionada se houver muitas trocas de posição ao longo da transa. Sempre é bom oferecer um pouco de variedade, mas não fique trocando de posição só por trocar, principalmente no início do relacionamento. As variações de posição dão mais certo depois que vocês já conhecem o que leva um ao outro ao clímax, porque então poderão sentir se o seu amor está precisando de mais estímulo ou se já está quase lá, e então escolher a posição mais adequada à situação. Se você insistir em dar uma de atleta sexual e desfraldar todo o seu catálogo de posições logo na primeira vez, é melhor nem querer ouvir os comentários que ela vai fazer quando encontrar as amigas no dia seguinte. (Bocejo...)

•Ficar preocupados se não derem pelo menos um orgasmo à mulher. Ei, mas isso é uma grande notícia! Ops... Foi mau. Eu não deveria dizer uma coisa dessas, deveria? Mas é que depois de séculos da situação oposta, é muito bom ver vocês agitados pensando no que podem fazer melhor na cama, e preocupados querendo fazer tudo certo. No passado, os homens viam as mulheres como criaturas doces e passivas, do tipo abra-as-pernas-e-pense-no-seu-dever-cívico, mas agora nós nos transformamos nesses animais sexuais vorazes e insaciáveis, capazes de bradar “Cortem-lhe a cabeça!” se o parceiro não nos der orgasmo. Embora essa nova imagem seja um sinal de progresso (por mais estranho que isso pareça), ela é um tanto quanto equivocada. É ótimo que você esteja mais atento às necessidades da parceira, mas não tome cada transa como um teste em que você poderá ser aprovado ou reprovado, de acordo com o número de vezes em que ela chegar ao clímax. Esse tipo de pensamento nos leva de volta à primeira casa do jogo: o sexo focado só no orgasmo. Antes era no seu mesmo, agora é no dela. Outro motivo para não avaliar o seu desempenho só com base nos nossos orgasmos é que é bem mais difícil fazer uma mulher chegar ao clímax do que um homem. Muitas nunca têm orgasmos regulares com seus parceiros regulares, e, portanto é pouquíssimo provável que a sua amada vá explodir em gozo logo na primeira vez em que vocês forem para a cama. Mas, se ela perceber que esse detalhe é capaz de abalar sua confiança, é possível que resolva fingir, e... Lá vamos nós retroceder mais dez anos na evolução dos relacionamentos. O sexo fica mesmo melhor quando coroado por um orgasmo, mas se ele não vier a relação vai ser gostosa do mesmo jeito. Tente imaginar o sexo como a jornada em si, não como um destino a ser alcançado.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Boa Páscoa!


"APROVEITE A PASCOA E DIGA NÃO A INTOLERÂNCIA, POIS..
.

Homem não é melhor do que mulher, 

Uma religião não é melhor que a outra, 
Se houver amor, não importa a preferência sexual,
Ter raça é um orgulho, pois as cores deixam o mundo mais bonito, e.
Ser rico, é um estado de espírito.
Pobre de quem não entende tudo isso!
Nelson Rodrigues já dizia que a unanimidade é burra. Você não precisa ser igual, basta ser você.
Viva a diferença! Abração e boa páscoa."

Pedro Camargo


terça-feira, 3 de abril de 2012

Amor versus Afinidades no Casamento

Será que apenas o amor é capaz de manter um casamento feliz? Muitos diriam que sim, que para ter uma boa convivência basta amar. 

O amor e o desejo são muito importantes, mas as afinidades também precisam estar presentes. Afinidades estas que levam o casal a gostar de conversar, de serem companheiros nas atividades, de compartilharem experiências, respeitar, admirar e aprender com o outro, entre tantas outras coisas que ajudam o casal a estarem sempre unidos.

O sentimento de paixão, de amor transforma a vida das pessoas. Preenche e adiciona detalhes na vida e no relacionamento. Porem se simplesmente amar fosse o suficiente, seria muito fácil, simples demais para definir o sucesso do casamento. 

Com o passar dos anos, o amor e o desejo mudam de intensidade. Mesmo existindo, vão surgindo dificuldades, que vai ajudando nesta variação da intensidade do sentimento. E nestes momentos serão as afinidades que farão com que o casal queira continuar um ao lado do outro, compartilhando momentos, conversando, e até mesmo, se divertindo.

Quanto mais o casal compartilha histórias, constrói sua própria história, sendo cúmplices um do outro, fica muito mais fácil de ampliar o diálogo, a troca e a parceria, ou seja, através da convivência o casal precisa saber que dependerá de cada um para estabelecer a afinidade e ser capaz de manter o amor e a vontade de estarem sempre juntinhos, independente do momento em que o casal está transitando.

Antes do casal decidir se unirem, é importante cada um analisar algumas questões, que podem ajudar a definirem se realmente estão prontos para casar.

A primeira questão é refletir sobre o que deseja no relacionamento. Muitos casam para sair de casa, outros porque não querem mais ficar longe daquela pessoa. Analise você qual é o seu desejo, e suas necessidades também. É de real importância cada um saber o que está buscando, e onde quer chegar assumindo este compromisso. Outra questão para refletir é se você, independente do outro, acredita nesta relação, ou seja, acredita que pode dar certo. Deverá estar ciente que terá um investimento afetivo e financeiro, e acreditar que vale a pena estes investimentos. E por último saber se está preparado para enfrentar desafios. Um relacionamento traz consigo uma rotina ( que muitas vezes precisa ser quebrada), conflitos e dificuldades com o diferente. É importante saber reconhecer o erro e estar disposto a aprender com ele, e também aprender com a outra pessoa.

Como tudo na vida tem suas dificuldades, o casamento não poderia ficar por fora. Porém o casamento pode ser maravilhoso se o casal começar esta vida juntos sabendo o que querem, buscando seguir um caminho juntos. 

Diferenças todos temos, mas as afinidades também podem ser construídas ao longo da convivência.  

Mas o importante é não esperar casar para buscar estas afinidades, ou esperar que elas "caiam do céu". A busca contínua vai definir o que realmente vale a pena!

Psi. Adriana Visioli

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Transexual paulistana é a mais velha a fazer cirurgia de "troca de sexo"

Andréia Ferraresi, 68, no ambulatório para saúde de travestis e transexuais, em São Paulo

A cabeleireira aposentada Andréia Ferraresi, 68, de São Paulo, é a transexual mais velha do país a fazer uma cirurgia para troca de sexo. Registrada ao nascer como Orlando, ela esperava pela operação desde 1979, quando recebeu o diagnóstico de transexualidade. Sem dinheiro para pagar pelo procedimento, teve que aguardar até que a cirurgia fosse feita no SUS. Foi operada no dia 27 de fevereiro, no HC. 



"Sofri muito na vida por um conflito de identidade e esperei por essa cirurgia desde 1979, quando procurei o HC e recebi o diagnóstico de transexualidade.

Na época, o SUS não fazia a cirurgia. Quem fazia eram os médicos particulares. Fui a dois e me cobraram um preço exorbitante. Minha mãe disse que não tinha dinheiro e eu entendi. Ela já sofria, se sentia culpada por mim.

Sou a caçula de 11 irmãos e todos eram "normais". Os irmãos que nasceram pouco antes de mim eram homens e minha mãe queria que a última fosse menina. E nasceu uma menina, mas com os órgãos que os outros tinham.

O sofrimento sobrou para mim, com "bullying" na escola e aquele conflito de você sentir uma coisa e não ser o que você sente.

Na infância, só brincava com as meninas. Um dia, no colégio, ganhei uma boneca na rifa e os meninos falaram: "Mariquinha, mariquinha!". Eles pensavam que estavam me ofendendo, mas quanto mais falavam mais orgulho eu sentia da boneca.

Com 14 anos, peguei o vestido da minha irmã. O povo dizia que tinha caído certinho em mim. Minhas vizinhas me deram saias e comecei a usar roupa de mulher.

Quem aceitou mais foi minha mãe. Ela sempre quis me proteger. Mas meu pai e um irmão me perseguiram até eu fazer os exames que provaram que eu era transexual.

Quando saiu o diagnóstico me pediram até perdão. É muito ruim você se sentir reprimida pela própria família.

Ainda teve o regime militar. Os transexuais sofreram demais com perseguições policiais. Cheguei a ficar um mês na prisão, mas o juiz me soltou. Viram que eu não tinha perigo nenhum, nunca fui criatura de beber, de vida fácil. Sempre tive meu trabalho de cabeleireira.

O tempo foi passando até que encontrei o CRT [Ambulatório para Saúde Integral de Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids], em 2009. Quando cheguei, estava numa depressão fora do comum, um trapo.
Comecei o tratamento com o psiquiatra, tomei remédios por um ano e fui encaminhada para a operação. Sou a primeira do ambulatório a fazer a cirurgia e vou abrir a porta para muitas que precisam.

IDADE

O povo dizia: "Mas não é um pouco tarde para você fazer a cirurgia?". E eu respondia: "Não, eu ainda preciso viver, não vivi minha vida! Estou começando só agora".


Eu tenho idade de vovó, mas me sinto forte e feliz. A velhice está na cabeça das pessoas. Os homens, quando passam por mim na rua, falam: "Quanta saúde!".

Se eu puder pegar um forrozinho, eu vou, faço dança do ventre. Um médico me disse: "Do jeito que está indo, a senhora vai viver uns 95". E eu disse: "Quero viver ainda mais, doutor!".

A cirurgia mudou tudo. Esqueci aquele passado de sofrimento. O que interessa agora é daqui pra frente.

Fiquei muito satisfeita com o resultado. Não tem uma cicatriz. Parece que eu nasci assim. Estou até me sentindo mais bonita.

Já uso o nome Andréia Ferraresi porque um juiz me deu autorização, mas agora está correndo o processo de mudança de sexo também no registro. Quero que aconteça rápido porque preciso casar, preciso de um amor.

Estou solteira, mas a minha felicidade é tanta que namorar é coisa secundária. Quero um amorzinho, mas com o pé no chão. Ficar na vida promíscua eu não quero, porque hoje em dia a doença venérea está demais.

Eu transava bastante quando era mais nova e não tinha Aids. Era um tempo bom. Pena que não vivi integralmente com essa periquita (risos).

Hoje me valorizo mais. A vida não se resume em sexo. Não é porque fiz a cirurgia que vou ficar no oba-oba. Eu fiz para mim, para a minha identidade, para me olhar no espelho e ver que sou mulher, não ver aquela coisa estranha que não estava combinando.

A cabeça da gente muda quando sai da mesa de operação. Ela elimina o que você tem de transtorno na sua cabeça. Fui solta de uma gaiola que me aprisionou por todos esses anos.

Hoje, a passarinha está voando, solta, feliz da vida. Os problemas parecem não ter o tamanho que tinham. Antes pensava que se não consegui um emprego era por causa de preconceito.

Hoje dou uma banana pro preconceito. Só importa que estou feliz da vida, mostrando que idade não tem nada a ver."