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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!!


Como esta será a última atualização deste ano, e no início do ano que vem me ausentarei 20 dias, gostaria de agradecer a todos, familiares, amigos, pacientes, e demais pessoas que me acompanham pelo site, por todo o carinho e atenção.

Quero desejar uma passagem de Ano com muita luz para todos. E desejo também neste ano que entrará, muita conscientização e realização.

Desejo:

Que a paz reine no cotidiano das pessoas. 

Que momentos difíceis e conflituosos sirvam de aprendizado.

Que ao invés de brigas, tenham discussões positivas.

Que a comunicação seja ampla e saudável.

Que as ofensas e agressões se anulem perante o carinho e o amor.

Que ao invés de esperar, tenha forças para buscar o que deseja.

Que haja menos preconceito.

Que a busca pela felicidade persista sempre.

Que a ética e o respeito faça parte de todo relacionamento.

Que a paciência e a tolerância não acabem nunca.

Que todos procurem ter uma qualidade de vida mais saudável.

Que a boa saúde física e emocional esteja presente.

Que o orgulho diminua e a flexibilidade aumente.

Que a reflexão sobre o errado seja um hábito.

Que todo ser humano repense as suas atitudes perante qualquer ser vivo.

Que a Fé e esperança não acabem nunca.

Enfim... desejo que todos busquem viver bem!

A vida não é para ser pesada. Mas para ser vivida da maneira mais leve possível, só assim a felicidade estará presente.

Reclame menos, busque mais!

Um 2012 maravilhoso para todos!

Abraços

Psi. Adriana Visioli






segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Um sintoma, causas diferentes.

O termo anorexia sexual é a forma mais recente de se referir à total ausência de desejo. Assim como na anorexia nervosa, há fatores psicológicos que podem agravar a falta de interesse pelo sexo. 

  A repressão é um deles, mas existem outros como a incapacidade de aceitar a própria imagem, traumas diversos que levam a distúrbios de imagem (a pessoa se vê diferente do que é, sempre enfatizando características negativas), dificuldades de relacionamento com o parceiro, entre outros.

Sem ajuda médica, muitos pacientes são abandonados por seus parceiros por serem incapazes de demonstrar afeto, através do contato físico; já os solteiros tendem a se acomodar com a situação. Em ambos os casos, a ajuda de um especialista é imprescindível.
Apesar do debate em torno do assunto ter se fortalecido recentemente, as ciências como Psiquiatria, Psicologia, Ginecologia, Urologia e Sexologia já estudam o tema há cerca de 100 anos. A partir de então, foram estabelecidas discussões sobre casos ligados às patologias sexuais, como é a falta de desejo.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL!!





Desejo um Feliz Natal à todos que acompanham meu blog. 
Que tenham um Natal repleto de muita luz, paz, amor, esperança, humildade, tolerância, alegria....
Que estes momentos tragam tranquilidade a cada coraçãozinho.
Aproveite este Natal para dizer que ama, para abraçar, para beijar, para presentear, afinal, festejar ao lado de pessoas amadas é preciso muito mais do que simplesmente dizer "Feliz Natal", é transmitir afeto e carinho pelo próximo.
Oportunidades passam e vamos deixando de lado o que deveríamos fazer o ano inteiro.
O Natal é uma ótima oportunidade que Deus nos proporciona para 
nos aprimorarmos enquanto mãe, pai, irmãos, namorados, casados, amigos... Não perca mais esta oportunidade de melhorar!
Um Feliz Natal!
Abraços
Psi. Adriana Visioli

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Afinal, o que é uma boa pegada?



Especialista dá dicas dos principais pontos de excitação do homem e da mulher para impressionar o parceiro


Thaís Cordon Atouguia vivabem@band.com.br

A pessoa pode ser simpática, bonita, sarada, sensual, ter um sorriso arrasador, mas se não tiver pegada, não adianta. Especialistas em sexologia garantem que é preciso haver o encaixe entre mãos, boca, corpo, personalidade e afins para que um relacionamento tenha sucesso. Caso contrário, o romance pode não ir para frente. 

Na opinião da especialista, durante a pegada, o homem deve ser do tipo Dom Juan / Yuri Arcurs/ Shutterstock
“Uma boa pegada deve contar uma pitada de romantismo e outra de sacanagem. A sedução deve estar presente, porém, sem vulgaridade”, segundo a psicóloga Carla Cecarello, especializada em sexualidade humana e fundadora da ABS (Associação Brasileira de Sexualidade).



Na opinião da especialista, durante a pegada, o homem deve ser do tipo ‘Dom Juan’. “Ele deve esperar, estudar bem o jeito da mulher e, aí com boa dose de bom humor, sacanagem e romantismo partir para cima, através de palavras que encantem a mulher com comentários sobre ela, o comportamento dela...”, diz. Carla afirma ainda que esse tipo de atitude encanta a mulher, pois ela se sente especial.

Avançar o sinal 

Ainda segundo a psicóloga, a mulher por sua vez deve ser sensual, mas sem vulgaridade. “Ela deve mostrar que está interessada, mas sem tomar a frente. Na hora do sexo deve ser participativa e o bom humor deve reinar sempre. Homens detestam mulheres contestadoras e com humor ruim”, alerta.

A especialista diz que quando os homens tentam avançar o ‘sinal’ e a mulher se incomoda, ela deve agir de forma delicada, porém objetiva e direta dizer coisas como: "desculpe! É nosso primeiro encontro. Que tal irmos com um pouco mais de calma? Não me leve a mal, mas prefiro assim. Pode ser?". 

Segundo Carla, a atitude feminina vai mostrar o seu caráter e o motivo que pelo qual está ‘ali’ – no primeiro, segundo, terceiro ou décimo encontro. A psicóloga ainda explica que, caso o homem se interesse, irá apreciar esse tipo de atitude. “Mas, se ele só quiser uma transa e nada mais, vai cair fora, com certeza”, indica.

Pontos principais de excitação


De acordo com a psicóloga, homens e mulheres têm alguns pontos que, ao serem tocados, aumentam o prazer e o desejo sexual. Nas mulheres, em geral, é o ponto atrás do pescoço, ao longo de toda coluna vertebral, os seios (algumas não gostam que mexa nos bicos, apenas no seio como todo), lado interno dos braços e coxas, os pés. Por último, a vagina, em especial o clitóris. Já no caso dos homens, geralmente, a parte interna das coxas, virilha, abdômen, bumbum, e o próprio pênis, incluindo o saco escrotal.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sexo ajuda a combater a dor nas costas, indica livro



Faça exercícios para fortalecer os músculos e evitar lesões"Geralmente uma vida sexual ativa e amorosa é boa para as pessoas, pois relaxa e aumenta o bem-estar. Qualquer coisa que ajuda as pessoas a relaxar tenderá a reduzir os níveis de dor e pode se tornar uma meta para qualquer um com um problema crônica nas costas", explica o médico e autor Keith Souter.
A dica 38, 'Desfrute de sua vida sexual', apresenta as melhores posições para desfrutar do êxtase e não prejudicar as costas.
Confira:

A posição do missionário

Esta é uma das posições sexuais mais comuns. O casal fica de frente um para o outro, com um parceiro por baixo e o outro por cima. Se o parceiro embaixo tiver problema nas costas, experimente apoiar as costas numa toalha enrolada que deixará a coluna numa posição boa e confortável.

Se o parceiro que estiver em cima sofrer de um problema nas costas, a posição do missionário continua sendo confortável, mas pode valer a pena escorar a pélvis do outro em almofadas para que você possa se ajoelhar, tornando as coisas mais fáceis.
Sentado

Usando uma cadeira para se sentar irá apoiar as costas do parceiro que está com dor, permitindo ao outro que se abaixe sobre aquele que está sentado de maneira confortável.

Ajoelhado

Para um parceiro com dor nas costas pode ser mais confortável ajoelhar-se e se apoiar, inclinando-se para frente numa pilha de almofadas, permitindo ao parceiro penetrar por trás.

Deitado de lado

Deitar-se de lado pode ser útil por permitir uma boa inclinação dos quadris, o que ajudará a coluna a ficar na posição certa.

O médico ainda explica que não há problema nenhum em tomar analgésico caso você desconfie que sentirá dor durante o ato sexual. Basta tomá-lo meia hora antes e acabar com a ansiedade em relação à dor.
da Livraria da Folha

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

FINAL DE ANO X DECISÕES = SEM CONFUSÕES

Final de Ano: 
  • Paz
  • Luz
  • Amor
  • Reflexão
  • Confraternização
  • Esperança
  • Respeito
  • Perdão
  • Festas
  • Presentes
Mas será que damos valor a estes simbolismos? Ou simplificamos a apenas festas e presentes?

Estamos cada vez mais nos simplificando, esta é a palavra correta, e anulando momentos que podem ser muito mais gratificantes do que comer, beber e ganhar presentes. Momentos esses de compaixão, de amor ao próximo, de solidariedade consigo e com o outro, de esperança, de mudança (não do outro, mas nossa), de felicidade, e acima de tudo, momentos que trazem aconchego.

Claro que comer, beber e ganhar presentes podem ser ótimos momentos. Mas nada melhor que incluir outros itens nesta pequena lista, não é mesmo?

O mês de dezembro e janeiro são marcados por férias, viagens, festas... mas também podem ser muito turbulentos quando há estresse, ansiedade, dúvidas... todos já estão cansados da rotina, do trabalho, das dificuldades enfrentadas durante o ano, mas lembre-se que "tudo pode piorar" quando o casal não sabe enfrentar juntos estas dificuldades.

As incertezas surgem no casal: Com quem passarão o Natal e o Réveillon, família dele ou dela? O que vai ter para comer? E a sobremesa? Vamos viajar quando? Para onde? O que faço com o cachorro? E as crianças?  Quando vamos voltar? Quanto iremos gastar?

Tantas perguntas, que podem trazer inúmeros conflitos para o casal quando não há uma relação equilibrada. Equilíbrio este com comunicação, compreensão, e flexibilidade para ceder um pouco ao outro.

As interferências externas também prejudicam o final de ano do casal, como interferências das famílias por exemplo. Famílias (pais e sogros) cobram a presença dos filhos nas festas de Final de Ano, deixando com que se sintam culpados e podendo gerar uma briga entre o casal. Nesta situação, antes de vir às cobranças, é importante o casal conversar sobre o que pretendem fazer, aonde ir, lembrando sempre que ceder um pouco pode ser necessário para que consigam passar este momento com paz e alegria. E quando não souberem o que será feito, antes das cobranças surgirem, responder de forma clara e sensata que não decidiram ainda, e que esta decisão é apenas do casal. Claro que de maneira que não ofenda a família, mas explicando que as cobranças apenas prejudicam, que podem estar fazendo convites, mas quem irá decidir será o casal, e não os pais ou os sogros.

Esta situação é muito comum, e a família também precisa tomar cuidado para não pressionar os filhos. Lembrando sempre que obrigação é uma coisa, querer é outra!

O Natal e o Réveillon são iluminados. Portanto, curtir esses momentos da melhor maneira possível e com tranqüilidade é a chave para um final de ano feliz e repleto de muito amor.

Desejo a todos que saibam conduzir estas decisões, e que a caminho do Natal e Ano Novo a alegria esteja presente!


Psi. Adriana R. de C. Visioli

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Tentações a um toque


O mundo mudou muito, principalmente nos últimos cinquenta anos, e as relações amorosas acompanharam essa mudança. 

Mas essa mudança está mais na forma que no conteúdo - apenas encontraram novas formas de acontecerem - para o bem e para o mal. E com a nova onda das redes sociais ficou muito mais fácil, e rápido, cair em tentação. Uma pesquisa feita pela Universidade Loyola, de Chicago, nos Estados Unidos, mostrou um dado curioso: um em cada cinco divórcios naquele país tem como pivô o Facebook. Isso mesmo: os advogados litigiosos entrevistados precisam colocar o Facebook como prova de traição. O Facebook é culpado pelo degringolamento das relações? Seguramente que não, afinal quem se mete nas teias cibernéticas das tentações é o casal. O que ocorre é que a exposição virtual de nossas vidas está tão grande que encontramos de uma vez só o primeiro amor, os ex, aqueles bons de cama que merecem um revival... estamos nus virtualmente falando. 

E cá entre nós: as pessoas quase sempre dão a desculpa de que o que acontece na internet não é traição, que tudo é brincadeira. Fica a critério de cada um, mas o fato é que os casais descobriram mais uma forma de perder noites de sono. De fato o mundo virtual permite que sejamos quem gostaríamos de ser. Se é verdade ou não isso é outra história, mas a questão é que o meio facilita dar vazão às fantasias, às vontades. 

Acompanhem o raciocínio: o Brasil tem cerca de 70 milhões de usuários de internet. E segundo o Ibope Nielsen, quase 40 milhões deles participam de redes sociais as mais variadas, como Facebook, Twitter, Orkut, blogs e afins. Então a lógica sugere que é muito comum cruzar com as pessoas que fizeram parte de nossa vida em algum momento dela. E reviver as coisas boas acaba sendo um motivo e tanto para vivermos conectados a esse mundo que nos possibilita tantas paixões. 

No Curso de Pós-graduação em Sexualidade: Terapia Sexual e Orientação, que acontece em São José do Rio Preto (SP), cada vez mais o assunto ganha a atenção dos alunos que já percebem casos em que a vida virtual começa a atrapalhar os relacionamentos. Em consultório já começam a chegar casais que estão por um fio e o motivo é justamente essa vida virtual paralela. 

Até que ponto é saudável viver essa questão virtual? A linha é muito tênue na verdade. Muitas vezes a internet e as redes podem servir de aconselhamento, de desabafo com outras pessoas que têm os mesmos problemas íntimos que são comuns em casais com certo tempo de relação. Mas vale sempre o bom e velho bom senso: colocar na balança a vida virtual e a vida real é importante para descobrir qual vale mais a pena ser vivida. 

Se o relacionamento está sob risco e ainda é possível salvá-lo, a solução é abandonar o vício cibernético, cortar as linhas de transmissão e viver a vida a dois. Trazer à tona as histórias que já fazem parte do passado pode ser o fim da conexão entre a vida de casal.

Sônia Daud
É psicóloga e professora do curso de pós-graduação de sexualidade da FAMERP



Sônia foi minha professora e supervisora de clínica na especialização em Sexualidade. Sou muito lisonjeada em tê-la como participante da minha formação profissional. Parabéns Sônia pelo artigo!

Psi. Adriana R. de C. Visioli

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sexo, use camisinha!




Campanhas, orientações... é difícil encontrarmos hoje em dia pessoas que não saibam a importância de usar a camisinha. 

Mas muitos ficam apenas na teoria, se esquecendo da prática, mesmo sabendo dos riscos que estará correndo.

Estudos realizados apontam para um número muito grande de jovens que começaram a ter relação sexual. Mostrando também que alguns não utilizam o preservativo durante a relação sexual.

Mas não são apenas os jovens que precisam usar, mas toda a população sexualmente ativa, independente da idade. Até porque o preservativo vai muito além de prevenir uma gravidez, ele ajuda e muito na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST's).

As DST's são as doenças adquiridas ao ter contato sexual (vaginal, oral ou anal). Atualmente são conhecidas mais de 20 doenças sexualmente transmissíveis que afetam tanto homens como mulheres, sendo que algumas possuem cura, outras não, podendo levar até a morte.

Uma DST pode influenciar muito na vida da pessoa, desde na sua saúde física, emocional e em sua qualidade de vida.

As DST's são:

 
  • Cancro duro (sífilis)
  • Cancro mole
  • Candidíase
  • Herpes Simples Genital
  • Gonorréia
  • Condiloma acuminado (HPV)
  • Linfogranuloma venéreo
  • Granuloma Inguinal
  • Pediculose do Púbis
  • Hepatite B
  • AIDS
  • Infecção por clamídia
  • Infecção por trichomonas
  • Infeção por ureaplasma
  • Infeção por gardnerella
  • Molusco contagioso
Acredito que muitas doenças citadas acima várias pessoas não conhecem.

A camisinha deve ser usada sempre! Ela pode ser encontrada em farmácias, lojas sexshop, ou em qualquer posto de saúde, sendo no posto distribuído gratuitamente.

Tanto a camisinha masculina quanto a feminina são eficazes como método contraceptivo e contra DST's.

Portanto, não deixe de usar! Mas use corretamente. Esteja atento ao prazo de validade.

E lembre-se:
  1. Jamais utilize a mesma camisinha quando fizer sexo anal e sexo vaginal em uma mesma relação, 
  2. Não reutilize a mesma camisinha mais de uma vez,
  3. Após ejacular, retire a camisinha,
  4. Não utilize duas camisinhas ao mesmo tempo.
Como utilizar o preservativo masculino:

Coloque a camisinha com o pênis ereto, antes que ele toque a vagina. Isto deve ser feito logo no início do ato sexual, pois já existe a eliminação de um fluído pré-ejaculatório com quantidades suficientes de espermatozoides para que ocorra a contaminação ou a fecundação.



Abra a embalagem com cuidado, não abra com os dentes para não correr o risco  de furar a camisinha, coloque a camisinha somente quando o pênis estiver ereto.


Desenrole a camisinha até a base do pênis, mas antes aperte a ponta para retirar o ar. Só use lubrificantes a base de água, evitando vaselina e outros lubrificantes a base de óleo.
Após a ejaculação, retire a camisinha com o pênis ainda ereto, fechando com a mão a abertura para evitar que o esperma vaze da camisinha.
                        Dê um nó no meio da camisinha e jogue-a no lixo. 


Como utilizar o preservativo feminino:

Para colocar a camisinha feminina, encontre uma posição confortável. pode ser em pé, com um pé em cima de uma cadeira, sentada com os joelhos afastados, agachada ou deitada.
Segure a argole menor com o polegar e o indicador
Aperte a argola e introduza na vagina com o dedo indicador.
Empurre-a com o dedo indicador.
A argola maior fica para fora da vagina, isso aumenta a proteção.
Para retirar, gire a argola que está do lado de fora da vagina para que o sêmen não vaze, e puxe com cuidado para fora.

Não use desculpas, use camisinha! A prevenção é a melhor maneira para não se arrepender depois. 

Sexo seguro proporciona muito mais prazer durante toda a vida! Buscar apenas o prazer imediato pode prejudicar seu prazer futuro, não caia nessa!

Psi. Adriana R. de C. Visioli





sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Afinal, o ponto G existe?

Pesquisa afirma que a zona erógena é pura ilusão; conversamos com 10 feras no assunto

Julia Reis, iG São Paulo


Recente pesquisa britânica trouxe um velho tema às manchetes: o ponto G. Segundo o estudo do londrino King's College, a zona erógena feminina - que seria capaz de elevar o prazer ao nível máximo - pode ser fruto da imaginação das mulheres - estimuladas pela mídia. Para debater a questão, o Delas conversou com especialistas no assunto, que colocam o tal ponto mágico no seu devido lugar. 
"O ponto G não é anatomicamente definido. Ele é imaginário e habitualmente relacionado ao teto da vagina, que é uma zona erógena bem próxima ao clitóris. Por ser muito sensível, gera excitação e lubrificação.” César Eduardo Fernandes, ginecologista e presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo.
Apontar a existência do ponto G é estigmatizar a mulher, o que cria apenas ansiedade e cobrança. O ponto G é uma resposta sexual feminina a um estímulo associado ao desejo, porém diversos fatores - como fisiológico, psicológico e emocional - determinam qual é a capacidade da mulher se entregar na relação." Paulo Bonança, psicólogo, sexólogo e membro da Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana.
“Eu não acredito em Ponto G. Há uma rugosidade diferente em determinada área da vagina, mas isso não quer dizer que as mulheres sintam mais prazer naquele ponto, tudo depende de como ela for estimulada. Na verdade, costumo brincar que a mulher tem dois pontos G: um em cada ouvido.” Sylvia Faria Marzano, urologista, terapeuta sexual e diretora geral do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática (ISEXP).
A existência (ou ausência) do Ponto G não é fundamental para que a mulher sinta prazer, e sim o conhecimento dos seus próprios pontos sensíveis: estimular a mama, a nuca ou até mesmo entre os dedos dos pés pode gerar muito prazer.” Alfredo Romero, especialista em sexualidade e diretor do Instituto Brasileiro para a Saúde Sexual.
“Cada mulher tem um ponto especial, um desejo, um tipo de toque. Ela descobre locais de prazer que pode dar o nome de ponto G, ou não”. Otavio Leal, professor de tantra.
"Eu não acredito em ponto G, o abecedário é muito grande e o G fica no meio do caminho. A mulher até pode ter um espessamento maior no ponto da vagina que fica atrás da bexiga - pesquisadores dizem ser uma reminiscência da próstata que não se desenvolve no período de gestação - porém também existem outras áreas sensíveis. O prazer dela está mais ligado a sua autoestima, ao parceiro e principalmente ao autoconhecimento. A mulher pode gozar muito mais com o carinho do que com a penetração, tudo depende do momento em que ela está.” Amaury Mendes Júnior, sexólogo e terapeuta.
“Cada pessoa tem pontos específicos com maior sensibilidade, essas são as zonas erógenas, áreas do corpo que apresentam maior irrigação nervosa. Dizer que existe um ponto G é algo exagerado.A região do períneo (entre a vulva e o ânus), por exemplo, é muito sensível ao toque, e existem outras áreas do corpo que também podem ser estimuladas. O segredo é ter autoconhecimento, descobrir o que pode ser excitante e explicar isso para o parceiro." Ivaldo Silva, ginecologista e professor do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
“Por não ser um ponto específico, o ponto G ganha agora o conceito de ‘área’, que é chamada de ‘plataforma orgástica’. Essa região localiza-se na parede vaginal, bem no começo. Durante o ato sexual, a melhor posição para favorecer o contato de área com o pênis é quando a mulher fica por cima do homem e faz o movimento para frente e para trás." Rosana Simões, ginecologista e professora da UNIFESP.
“Na literatura médica, o ponto G existe sim e está localizado na parede interna no começo da vagina, sendo essa uma região de sensibilidade maior que as demais áreas. Porém, com os avanços no estudo sobre a sexualidade, descobriu-se que o clitóris chega a ser mais sensível do que o ponto G. De qualquer forma, não há uma receita, cada mulher tem que descobrir o que lhe dá mais prazer.” Dr. Francisco Carlos Anello, médico ginecologista e especialista em sexualidade.
“Não se trata de imaginação, como algo que inexistente. Ocorre que as sensações sexuais e eróticas passam por um processo mental - são registradas no cérebro e então passam a existir fisicamente. Além do ponto G, muitas partes do corpo são erógenas, algumas delas extragenitais, que podem também conduzir ao orgasmo, desde que o ponto passe a receber estímulos e direcionamento erótico-sexual." Oswaldo M. Rodrigues Jr., psicólogo e diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex).