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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Vacina gratuita contra HPV pode ser garantida a mulheres dos 9 aos 45 anos


Mulheres com idade entre nove e 45 anos poderão ter o direito de receber gratuitamente a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É o que prevê projeto aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), nesta quinta-feira (30). A ideia é oferecer para a população nessa faixa etária um aliado no combate ao HPV, vírus transmitido por contato sexual que vem sendo considerado a principal causa do câncer do colo de útero.
O projeto, de iniciativa da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), foi a exame com voto favorável da relatora, a senadora Ângela Portela (PT-RR). A matéria seguirá agora para exame na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde receberá decisão terminativa . Portanto, se aprovado, poderá passar diretamente a exame na Câmara dos Deputados.
Vanessa Grazziotin observa no projeto que o câncer de colo uterino é o segundo tumor maligno de maior incidência na população feminina no país, só perdendo para o câncer de mama. Citando dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), afirma que são estimados 18.430 novos casos da doença e 4.800 mortes por ano. Além disso, observa que a maior incidência ocorre entre mulheres de baixa renda e menor escolaridade nas regiões Norte e Nordeste.
Apesar dos altos custos associados a um programa abrangente de vacinação contra o HPV, a relatora, Ângela Portela, afirma que os avanços sociais e sanitários vão superar os gastos com ampla vantagem. Atualmente, a vacina é oferecida apenas em clínicas privadas, por preços nunca inferiores a R$ 600,00 pelas três doses necessárias e que podem chegar perto de R$ 1.500,00 em alguns estabelecimentos.
No debate, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) observou que pode ser difícil assegurar a vacina a toda a população feminina, de forma imediata, em país tão grande. Porém, salientou que nada impede que a vacina comece a ser aplicada, especialmente nas regiões onde se registra a maior incidência de infecção pelo HPV.
Agência Senado
http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2011/06/30/vacina-gratuita-contra-hpv-pode-ser-garantida-a-mulheres-dos-9-aos-45-anos

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A leitura ajuda na fantasia sexual e no desejo



Livros como "Cinquenta tons de cinza" , " Qualquer coisa que ele queira", "A casa dos budas ditosos", "Amante de Lady Chatterley" tem sido destaques nas prateleiras das livrarias.

Mas o que eles tem de tão especial que virou "moda" te-los na cabeceira da cama?

Livros com temas "picantes" tem se tornado atrativo até para quem não gosta ou não possui o costume de ler. Uns vão na "onda" da moda, outros leem porque realmente apreciam uma boa leitura, mas o que vale mesmo é LER!

Mas não basta ler, é necessário concentração e envolvimento com a leitura, aí sim será uma leitura inesquecível.

Muitas pessoas possuem vergonha em ler livros que dizem repeito a sexo, romances "apimentados", eróticos, mas eles podem ajudar a pessoa a desmistificar o tema e a ficar mais "solta" na hora H.

Livros desse gênero instiga o que diz respeito à fantasia, "alimentando" o desejo sexual. E não apenas isso, provoca a criatividade, um ponto essencial para o casal sair da rotina sexual.

Quando existe a comunicação entre o casal sobre fantasias, desejos, estreita a intimidade entre eles, estimulando muito mais a vida sexual.

Saber erotizar é saber despertar o desejo!

Leituras eróticas e fantasias sexuais, quando são bem aproveitadas, potencializa a sexualidade do casal, pois juntos irão buscar novas formas de obter um prazer maior. Até a auto-estima do casal melhora, pois provocará uma vontade maior em estar mais atraente para o (a) companheiro (a), o desejo sexual será demonstrado, tornando o outro mais desejado, estimulando esse desejo entre ambos.

A fantasia é saudável, mas existe um limite, ou seja, deixa de ser saudável quando começa a atrapalhar a vida da pessoa. Uma das maneiras de atrapalhar, é viver apenas a fantasia, deixando de se relacionar com o outro. É necessário também respeitar o limite do outro, dialogar sobre o assunto, para saber se os dois concordam em realizar a fantasia, senão pode ser muito frustrante e atrapalhar o relacionamento.

Fantasiar e se comunicar com o (a) parceiro (a) pode estreitar a intimidade entre ambos e melhorar muito o relacionamento, basta vivencia-la da maneira saudável e ser feliz!

Psi. Adriana Visioli

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Ejaculação precoce prejudica a autoestima e a qualidade da relação


Diversos "fantasmas" assombram os homens no que diz respeito à vida sexual. Um dos mais freqüentes é a ejaculação precoce, geralmente associada à ansiedade, stress e outros fatores psicológicos e orgânicos, que acometem jovens e adultos. 

É importante destacar que a ejaculação precoce atinge homens de todas as idades e influencia não apenas no ato sexual, mas na segurança e auto-estima masculina. Há homens maduros que convivem com o problema desde muito jovens, mas a ejaculação precoce pode se manifestar também já em idade adulta. 

Fatores psicológicos aparecem com freqüência maior, mas outros fatores também podem existir. O órgão masculino tem uma temperatura de 0,5 a 0,7 grau mais baixo que o resto do corpo. Em pessoas que apresentam uma sensibilidade muito alta na glande, essa diferença de temperatura pode gerar um estímulo mais intenso, que favorece a ejaculação precoce.

Pacientes com ejaculação precoce podem ficar preocupados em melhorar sua performance sexual e acabar apresentando outros problemas que podem prejudicar a qualidade de suas ereções
Uma das maiores dúvidas de pacientes que chegam ao Centro Médico Masculino de Campinas, onde atuo, é saber exatamente o que é a ejaculação precoce. Considera-se que um homem tem ejaculação precoce quando ela ocorre com menos de 05 minutos após a penetração, na maioria de suas relações sexuais. 

Mas o tempo de ejaculação é muito variável e leva em conta outros fatores, ligados à companheira e ao ambiente - envolvimento, atração, local, grau de excitação, que estão relacionados a cada episódio. Portanto, não significa que o homem tem problemas de ejaculação precoce se isso acontecer em uma relação isolada, mas apenas quando o quadro se repete insistentemente, sem que o homem tenha controle desse evento.

 Para solucionar o problema, é comum, por parte de alguns profissionais, a indicação de medicamentos estimulantes que ajudam a manter a ereção por mais tempo. 

O uso de estimulantes, porém, entre os quais o mais conhecido é o Viagra, não é um tratamento para a ejaculação precoce, pois nesse caso o que ele faz é prolongar a ereção. Como todo medicamento, ele tem seus efeitos colaterais especialmente se usado indiscriminadamente e em excesso. O uso prolongado desde a juventude pode trazer conseqüências mais sérias. 

Tratando o problema

Para um tratamento eficaz, o ideal é primeiro determinar as causas do problema, o que só pode ser feito mediante avaliação médica. Após a análise no consultório, quando percebemos que o paciente apresenta ejaculação precoce em decorrência de aspectos psicológicos, é comum a indicação de acompanhamento terapêutico, podendo haver ou não associação medicamentosa, de acordo com cada caso. 

Quando as causas são físicas, é possível tratar o problema usando desde medicamentos até técnicas de dessensibilização da glande. 

Conversar com o médico é essencial

É comum pacientes com ejaculação precoce ficarem tão preocupados em melhorar sua performance sexual que acabam apresentando outros problemas que podem prejudicar a qualidade de suas ereções. Muitos homens, por causa de algum evento isolado, passam a acreditar que têm ejaculação precoce, quando, na verdade, apresentam ejaculação normal. 

Para eliminar essas dúvidas, obter um diagnóstico correto, e, se necessário, receber o tratamento adequado, a indicação é sempre procurar um profissional especializado. E mais uma dica: é importante encarar a solução da ejaculação precoce como um tratamento que, portanto, exige um período de acompanhamento médico.  

http://www.minhavida.com.br/saude/materias/11399-ejaculacao-precoce-prejudica-a-autoestima-e-a-qualidade-da-relacao





segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Intimidade Sexual no Casamento


Muitas pessoas pensam que basta estarem casadas para que a intimidade sexual seja completa e franca. Depois de alguns meses ou anos de casamento, percebem que não é bem assim. Aquilo que parecia ser fácil e que poderia vir com naturalidade, de repente, estancou e não houve mais progresso.
A espontaneidade de falar sobre determinados pontos dessa intimidade torna-se difícil para alguns casais.

Devemos pensar, no entanto, que da mesma maneira que desenvolvemos uma certa intimidade nas amizades e relacionamentos, também o fazemos na área sexual. Ou seja, a conversa, as confidências e o toque são fundamentais. Mas, uma das maiores dificuldades é a abordagem do assunto.

Como e quando começar essa abordagem? Um dos momentos mais propícios é naturalmente nos minutos que precedem a relação (no momento do toque, quando cada um pode dizer ou indicar as áreas que mais lhe excitam; que mais lhe dão prazer).
Muitos maridos desconhecem as áreas erógenas da mulher, tendo apenas um conhecimento geral do assunto. No entanto, sabemos que cada mulher é diferente. Algumas, na própria relação, sentem-se mais à vontade assumindo determinadas posições que outras. Adivinhar não faz parte da habilidade do parceiro. É necessário conversar sobre isso. Percebo que uma grande dificuldade também vem da educação de algumas mulheres. Algumas receberam uma orientação sexual rígida, distorcida, e muitas desconhecem a anatomia do próprio corpo, o que dificulta tremendamente a conquista do prazer.
Na grande virada do movimento feminista, quando foi alardeado que o orgasmo não era só privilégio dos homens, as mulheres automaticamente impuseram-se ter orgasmos a cada relação. Muitas porém não o conseguiam e isso as tornava insatisfeitas ou pior, imaginando que havia algo errado com elas. Os maridos, por sua vez, sentiam-se culpados por não saberem levá-las sempre ao orgasmo. Mais tarde, em pesquisas, descobriu-se que não é em toda relação sexual que a mulher atinge o orgasmo (pelo menos isso acontece com a grande maioria delas).
Portanto, três pontos são importantes para desenvolver essa intimidade:

a) conhecimento do próprio corpo, b) conhecimento sobre sexualidade e c) diálogo.

Lembro-me de duas moças na faixa de seus vinte anos, universitárias, onde o problema estava justamente num dos pontos acima. Ambas solteiras, a primeira confundia a função do clitóris com a da uretra e desconhecia que a grande maioria das mulheres atinge orgasmo através da manipulação clitoriana. A segunda perguntou-me se, na noite do casamento, teria de ficar de camisola e toda coberta na relação sexual. Novamente a rígida educação sexual vinda da família, igreja etc.
Percebo o quanto de desconhecimento ainda existe mesmo com as inúmeras palestras, revistas e estudos sobre sexo. Em algumas igrejas, o assunto ainda é tabu. A vergonha do próprio corpo e da nudez frente ao parceiro é mais comum do que se imagina.
Outra dificuldade está quando o marido aprecia determinadas carícias ou posições e a esposa não — esse é um momento perigoso. Deixar de viver um desejo, licitamente permitido, e não poder fazê-lo porque a esposa se sente constrangida ou com vergonha, com certeza leva o marido à frustração. A chave seria cada um ceder, pelo menos um pouco, a favor do outro. Perceber que o outro se sente satisfeito e completo quando me aventuro a ceder significa que a relação também poderá ser satisfatória, porque nesse momento somos um só. “Uma só carne”, na liguagem bíblica. “Um só” – significa, também, que o prazer do outro também é o meu prazer. Mas, para isso, preciso ceder. Se for possível para mim fazê-lo em determinados pontos, sei que o parceiro também poderá ceder um pouco a meu favor. Estaremos assim no meio do caminho, sem o perigo das frustrações.
Alguns pontos bem mais sérios impedem que a relação sexual seja totalmente satisfatória. Lembro-me de uma moça que ao se casar descobriu que tinha frigidez sexual e, portanto, não gostava e não sentia prazer na relação, passando a evitá-la sistematicamente. Enquanto estava em tratamento, o que deveria surtir um resultado a longo prazo, percebeu que a insatisfação por parte do marido e seu mau humor  acentuavam-se a cada dia. Seu descontentamento não se limitava mais somente à relação em si, mas estendia-se também ao trabalho, à casa, à família e a outros pontos. Era evidente a raiz do problema. Decidiu contar-lhe o que se passava e como não lhe era doloroso ter relação, resolveu ceder algumas vezes. O marido caminhou sua parte, não lhe pressionando sistematicamente como fazia antes, e assim, os dois conseguiram ir até o meio do caminho. Ela teve filhos, podendo preencher o lado maternal, que obviamente era igual ao de todas as mães. A satisfação do marido pôde ser recuperada nas outras áreas, pois a raiz do problema tinha sido parcialmente solucionada.

Prazer completo na relação ela continuava a não ter, mas tinha prazer no relacionamento afetivo com seu marido. Creio que o importante, nesse caso, foi a resolução da esposa em admitir contar ao marido o que se passava com ela. Esconder ou “fazer de conta” seria o pior para ambos. Novamente, o diálogo aqui foi fundamental.

Discutir, ler e conhecer mais sobre o assunto é a única maneira de se conseguir desenvolver essa intimidade e conhecer mais sobre as dificuldades e desejos do parceiro. Isso faz com que cada um se sinta mais à vontade e com menos constrangimento para poder se chegar no passo seguinte: colocar em prática o que foi conversado.
Artigo publicado originalmente em Casal Feliz (Ano IX – No. 33)
Marilena Henriques Teixeira Netto
http://artigosdepsicologia.wordpress.com/2008/07/20/intimidade-sexual-no-casamento/#more-64