A impotência (disfunção erétil) possui muito mitos. E há um temor imenso nos homens que isto aconteça.
Mas antes de tudo, é preciso entender o que é uma disfunção erétil e desmistificar muitos conceitos que a sociedade apresenta perante o assunto.
Infelizmente, vivemos em uma sociedade muito machista, havendo uma grande pressão, principalmente aos homens, com relação ao seu desempenho sexual. Escuta-se o famoso mito milenar, que homem precisa estar sempre apto ao sexo, independente de qualquer circunstância. Estar apto ao sexo inclui estar sempre com desejo, com uma plena ereção e jamais falhar.
Este conceito acaba sendo um peso muito grande a ser carregado pelas pessoas (homens e mulheres – homens por se cobrarem demais e sofrerem quando não acontece conforme o esperado, e mulheres por cobrarem dos seus parceiros e se frustrarem, também causando um sofrimento). A falta de conhecimento do casal pode gerar conflitos gigantescos, podendo até levar a uma separação.
Não existe aquele ditado que “quem está na chuva é para se molhar”? Quem tem uma vida sexual ativa também está propenso a perder a ereção. Pode acontecer com todos os homens, seja perder totalmente a ereção, ou simplesmente perder um pouco a potencia, a rigidez.
Mas uma vez que perdeu a ereção já é impotente? Não! A disfunção erétil é caracterizada como disfunção quando começa a atrapalhar a vida daquele homem, ou seja, começa a gerar problemas no seu emocional, no seu relacionamento amoroso e/ou social. Também quando esta perda de ereção começa a ser frequente na vida deste homem, ou seja, quando há uma incapacidade persistente ou recorrente de manter a ereção até o final da atividade sexual.
Alguns casos de perda de ereção podem estar relacionados ao emocional. Podendo ser diversas as causas, desde o estresse do dia-a-dia, conflitos conjugais, falta de atração pela parceira, ansiedade, depressão, medo do fracasso, conflitos emocionais antigos, culpa, repressões sexuais, entre outros conflitos individuais de cada pessoa.
Também existem causas orgânicas que levam um homem a não conseguir ter ou manter por muito tempo uma ereção. Como a deficiência de hormônios como a testosterona, excesso de prolactina, a presença de alguma doença como, por exemplo, o diabetes, o uso de medicamentos que combatem a hipertensão, anormalidade vascular peniana.
Para o tratamento, é necessário pensar em uma soma desses fatores orgânicos e emocionais, combinando algumas técnicas terapêuticas para melhor sucesso. Com os exames de rotina já é possível detectar se há algum problema orgânico ou não, por exemplo, se existe uma falta ou diminuição do hormônio chamado testosterona, o que é possível repor através de medicação. Caso for um problema de vascular ou neurológico, é possível em alguns casos indicar a cirurgia ou até mesmo a colocação de prótese. Porem esses métodos são de última alternativa para o tratamento, sendo apenas utilizados quando outros tratamentos passados não adiantaram, como tratamento medicamentoso e terapia sexual.
Quando o homem faz todos os exames, e não há nenhuma alteração orgânica, relaciona-se ao psicológico, sendo esta pessoa encaminhada para realizar Terapia Sexual.
IMPORTANTE: Jamais consuma medicamentos para a impotência sem indicação do médico, pois não são todas as pessoas que podem estar ingerindo-os. Procure um profissional especializado e converse sobre o assunto e possíveis tratamentos. Não tenha vergonha, pois o profissional (seja o médico ou sexólogo) foi capacitado para lidar com esta sua dificuldade.
Psi. Adriana Visioli
Psi. Adriana Visioli