O Dia dos Namorados está chegando, por isso resolvi escrever sobre um assunto que incomoda tanto alguns casais: a falta de romantismo.
Não precisa ser psicólogo para escutar este tipo de reclamação. Este assunto é abordado em "rodinha" de amigos, brigas entre os casais, conversa com familiares... sendo inúmeras as queixas que acabam frustrando a pessoa ou o casal, deixando amores mal resolvidos, casos pendentes, feridas não curadas, e quando não são resolvidos podem ser carregados ao longo da vida e até mesmo do relacionamento, caso este continue.
E o mais curioso é que esta queixa não parte apenas das mulheres, mas também dos homens. Por mais frequente que seja esta queixa do sexo feminino, os homens também sentem falta e estão mais à vontade para trazer a tona tais assuntos.
A palavra "romântico" está relacionado e surgiu do conceito que a literatura traz sobre o romantismo. algo que se iniciou lá pelo século XVIII, através da manifestação com a arte e a literatura, ou seja, está relacionado ao sonho, à fantasia, à criação, intuição, paixão, sensibilidade e à capacidade de apreciar e aprimorar tudo o que envolve para a finalização de uma arte.
E cada relacionamento é preciso ser visto como uma arte. Mas sabendo disto, e tendo tantas reclamações, o por que persistem estas questões?
Acredito que existam mais de uma explicação para este questionamento.
Um deles é levado em consideração a individualidade de cada um, ou seja, o conceito que cada um dá para o que é ser uma pessoa romântica. E para que dentro de um relacionamento isto não se torne um problema, é preciso dialogar sobre o assunto. É justamente neste ponto que quero chegar. A reclamação se torna persistente quando este diálogo não acontece, e se acontece, não é direcionado da melhor maneira possível. Por exemplo, quem está reclamando pode estar falando em um momento inadequado, e/ou utilizando palavras ofensivas, ou também a queixa não está sendo levada em consideração pelo outro, por não ser algo importante para ele, e como já falei em textos anteriores, o que não é considerado importante é deixado de lado. Mas até que ponto isto é satisfatório para o relacionamento, já que temos que olhar não apenas o que é importante para nós, mas também o que é importante para o outro?
Outra explicação seria a correria do dia-a-dia, as ambições capitalistas que estão cada vez mais carentes dos valores humanos, deixando o amor e suas demonstrações em segundo plano. Nesta questão está incluída as prioridades de cada um. Um exemplo é quando a esposa reclama que o marido não é romântico, este acaba dando explicações que ela não o valoriza pois ele trabalha o dia inteiro e nunca deixou faltar nada dentro de casa ( se referindo ao dinheiro e objetos materiais ).
Enfim, acima de qualquer explicação sobre quais comportamentos uma pessoa pode ter para ser romântica e o que as impedem de ser, vale ressaltar a obra de arte. Um relacionamento deve ser visto sempre como uma arte inacabada, que precisa sempre de retoques, que a todo instante precisa ser melhorada. É imaginar e ir à luta para que esta arte evolua sempre com admiração.
Enquanto existe amor, nunca é tarde para começar. Aproveite esse Dia dos Namorados e surpreenda-se!
Psi. Adriana Visioli