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quinta-feira, 29 de março de 2012

Por que tantas mulheres fingem orgasmo?

 homem beijando mulher na cama













Uma pesquisa realizada pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e publicada no Journal of Sexual Medicine no ano 2000, garante que 60% das mulheres em todo mundo já fingiram orgasmo em algum momento da vida. Segundo o estudo, gemidos, gritos e sussurros são as técnicas teatrais mais utilizadas na cama quando é preciso mostrar ao parceiro que o prazer está no ápice, mesmo que isso não seja bem verdade. Maria Lúcia Beraldo, psicóloga e mestre em sexualidade humana, acredita que esse número seja mesmo compatível com a realidade.
Clara* faz parte dessas estatísticas. No último namoro, ela pôde contabilizar algumas fingidas entre lençóis, todas sem nenhuma culpa. "Eu realmente sentia que se não fingisse podia deixá-lo mal e pra mim já bastava o sexo em si, não achava tão necessário gozar todas as vezes", afirma a empresária, que acredita que fingir orgasmo é normal. Maria Lúcia alerta que o ato de mentir sobre o prazer pode ser comum entre as mulheres, mas é enfática em dizer que não é normal. A ginecologista e terapeuta sexual Glene Rodrigues fortalece essa informação. "A mulher tem toda possibilidade de ter orgasmo, o que muitas vezes acontece é que o homem está tão centrado no próprio prazer que se esquece da companheira", relata a ginecologista. Maria Lúcia alerta ainda que o fingimento pode trazer problemas. "Se essa atitude se torna um padrão, pode-se criar uma falta de desejo constante, tornando-se uma disfunção sexual", ressalta a psicóloga e sexóloga.
Glene lembra que homens e mulheres sentem desejos de formas diferentes, e que isso pode influenciar o prazer a dois na hora H. Homens se excitam visualmente, ou seja, é só olhar que o desejo já aparece. Já as mulheres precisam que o lado emocional seja bem construído, com carinho e preliminares, e assim o orgasmo pode ser alcançado mais facilmente. Por isso, segundo a sexóloga, é tão importante o casal estar junto na relação sexual, buscando o prazer em parceria.
homem beijando mulher
Será que o homem percebe quando a mulher está fingindo um orgasmo? 
O físico Wagner Fázio acredita que a encenação pode ser perceptível, mas acha que as reações corporais de quem está tendo orgasmo são difíceis de serem simuladas. Maria Lúcia descreve as modificações do corpo na hora do prazer e diz que é mesmo complicado conseguir fingi-las. "A vagina se alonga, os batimentos cardíacos se aceleram, acontecem contrações e relaxamento do útero e da musculatura da vagina, além de um aumento da lubrificação vaginal", afirma.
Wagner comenta que já teve uma relação sexual em que ficou na dúvida se a mulher havia tido orgasmo. "Os gritos e gemidos não condiziam com o que o corpo falava, então fingi que acreditei", conta. Mesmo com as mudanças físicas na hora do orgasmo, Maria Lúcia crê que é muito difícil um homem perceber que a mulher está mentindo, pois cada pessoa tem um jeito próprio de sentir o prazer, e cada corpo tem um modo particular de reagir ao estímulo. "É como um espirro: tem uns que espirram gritando, outros que o espirro é contido, na hora do orgasmo cada mulher tem um jeito pessoal de chegar lá", exemplifica.
O designer Júlio* diz que não se importa com o fingimento. "Se eu estou gostado, e ela não me fala nada, não reclama, então o problema é dela", aponta. Júlio acredita que a mulher deve falar ao parceiro se não sente prazer, mas não acha que o fingimento possa fazer mal para a relação. Assim como Clara, Júlio também vê a mentira como algo normal. Já Wagner entende que nas primeiras relações sexuais do casal, quando os dois ainda não possuem intimidade e ainda não se conhecem sexualmente, um fingimento pode até ajudar a ter um bom início de relacionamento, mas acredita que toda relação deve ser pautada na confiança e na sinceridade. "Com o tempo é claro que tudo isso pode fazer mal a relação", defende o físico.
 mulher na cama
Porque tantas mulheres ainda fingem que chegaram ao orgasmo? 
Para Glene, essa pergunta é extensa e as respostas são mais amplas do que imaginamos.
Segundo a sexóloga, a base para essa mentira é quase sempre a mesma: fingir orgasmo está vinculado com a manutenção e preservação da relação. "O medo de perder o companheiro é muito grande, e junto com ele vem a insegurança de achar que o parceiro pode pensar que ela não é 'boa de cama'", explica a sexóloga.
Maria Lúcia acredita que a maioria dos fingimentos acontece quando a mulher se cansa no meio da relação por não estar tendo prazer e finge orgasmo para poder terminar logo. "Ela quer acelerar o ato, liberando o companheiro para correr atrás do prazer dele", aponta a psicóloga.
A pouca paciência da mulher em procurar o prazer, e por isso a necessidade de fingir um orgasmo, pode estar ancorada também no desconhecimento do jeito como o próprio corpo funciona. Glene lembra que a mulher pode ter dois tipos de orgasmo: o vaginal ou o clitoriano. O clitoriano acontece no único órgão exclusivo para o prazer na mulher, que é o clitóris. Por estar em um local que o pênis não atinge na hora da penetração, às vezes fica mais difícil chegar ao orgasmo. "Muitas mulheres não conhecem o seu próprio corpo e o homem também não sabe como dar prazer à parceira", analisa.
Glene dá algumas dicas para que o prazer esteja ao alcance das mãos e para que não seja necessário fingi-lo. "Manipular o clitóris enquanto acontece a penetração pode ser a melhor forma de conseguir o prazer, a manipulação pode ser com os dedos (dele ou os seus), ou através de uma posição na qual o clitóris seja estimulado", sugere a ginecologista e sexóloga.
Segundo Maria Lúcia, o principal órgão sexual é o cérebro. Para ela, o problema de fingir o orgasmo por não ter prazer pode estar na educação moralista que relaciona o sexo à coisa errada e negativa, gerando culpa e falta de conhecimento sobre o corpo e o sexo. "É preciso que a mulher goste de se conhecer, de se masturbar, que se permita se concentrar no ato sexual, e só assim ela vai poder chegar ao orgasmo e não vai mais precisar fingi-lo", garante a psicóloga.
*Nomes trocados para preservar a identidade dos entrevistados.





sexta-feira, 23 de março de 2012

Todos os homens traem?

Há algumas décadas, a traição masculina era incentivada pela sociedade, como se fosse da natureza do homem ter outra mulher, e o homem que se negava a este conceito poderia ser visto pela sociedade como menos "macho".


Nesta época, o machismo prevalecia, ou seja, o homem tudo podia, e a mulher nada podia. Até porque se uma mulher traísse seu marido, era mal vista e excluída daquele determinado meio social.

Atualmente, não faz nenhum sentido seguir estes conceitos antigos, pois com o decorrer dos anos tudo foi mudando, e a sociedade foi se aprimorando a estas mudanças. Mudanças estas que gerou na população um pensamento mais aberto, mais livre, a qual todos podemos escolher como queremos agir, com menos julgamentos da masculinidade. 

Não digo que não existem julgamentos, mas que diminuiu consideravelmente. E normalmente as que julgam são as que acreditam que realmente é da natureza do homem trair. Há pessoas "aprisionadas" nestes conceitos do que é ser "macho", conceitos estes ultrapassados e que precisam ser refletidos, afinal, o ser humano está em constante busca do novo, da tecnologia, da inovação, e mesmo assim ainda pensam que é da genética do homem trair?!

A evolução deve seguir não apenas para o homem ficar mais rico financeiramente, mas também rico de aprendizagem, de pensamentos e comportamentos.

A sociedade atual dita algumas regras, mas bem menos severas quando se trata de masculino e feminino, somos livres para escolher sim, mas também responsáveis por essa escolha. Todo nosso comportamento terá consequências, e analisar nossas ações (até antes mesmo de faze-las) poderá valer para evitar consequências indesejáveis.

Por exemplo, o homem que trai sua mulher, e esta descobre, poderá terminar com o relacionamento, e se não for isto o que ele deseja, causará um sofrimento a si próprio.

Muitos se justificam, dizem que todo homem trai, que é da genética do homem olhar e buscar outras mulheres, que o instinto sexual masculino fala muito mais alto do que a consciência. Mas e cade o auto-controle?

Homens e mulheres podem trair na mesma proporção. Não há regras. Mas cada um possui um conceito a respeito da infidelidade, e se para o traído, o que foi feito é considerado traição, se torna muito mais complexo, gerando inúmeros conflitos para o casal.

Portanto, refletir sobre suas ações poderá ajudar a escolhe-las. afinal, se você gosta da mulher que está ao seu lado, e quer continuar com ela, porque trai-la? O que o leva a fazer isso? Está disposto a enfrentar qualquer consequência que virá? O que você deseja, qual seu objetivo futuro?

Pensar nestas questões faz parte de uma maturidade, um enriquecimento pessoal e no relacionamento. As vezes pode ser difícil, principalmente quando não consegue controlar seus comportamentos, prejudicando-o, sendo preciso buscar ajuda de um profissional, podendo valer muito a pena.

Portanto, todo homem trai? A resposta é não.

Afirmar a masculinidade, aumentar e auto-estima, fugir da rotina sexual... podem ser motivos para o homem trair. Só que é possível buscar tudo isso em seu próprio relacionamento, mas claro que o papel da mulher também é importante nesta busca. Ambos são protagonistas.

Homens e mulheres traem por motivos iguais, motivos diferentes, mas é importante lembrar que irá depender do tipo de relacionamento entre este casal, da maturidade de ambos, e da plena consciência do que deseja.

Psi. Adriana Visioli


terça-feira, 20 de março de 2012

Falta de tesão atinge 35% das mulheres. É o seu caso?

Problemas físicos e psicológicos são os fatores que atingem 35% da população feminina e que altera drasticamente a libido, o prazer, o tesão. Em qualquer idade.
Já sabemos que a mulher liga demais tesão e emoção e que muitas vezes esse fato atrapalha demais as relações amorosas, seja namoro ou casamento. Junte-se a isso os problemas hormonais decorrentes da idade (climatério e menopausa) e teremos mulheres insatisfeitas com parceiros insatisfeitos.
Existe solução? Sim, existe, mas vejo mulheres que precisam de uma bela empurrada pra ir atrás do seu prazer. Muitas ainda acham melhor não mexer nisso e deixar do jeito que está achando que é normal. Muitos parceiros desesperados estão correndo atrás disso, porque não se conformam de terem sido tão cobrados nas últimas décadas como responsáveis pelo prazer feminino e se sentirem de mãos atadas, por não conseguirem que suas parceiras resolvam esse problema, que afeta sim, a vida amorosa e emocional de um casal.
Mulheres que ouviram durante toda a sua vida que sexo é ruim, pecado, tabu, feio, entre todos os outros adjetivos pejorativos que o descrevem, sentem-se perdidas com seus sentimentos. E muitas vezes não percebem que sexo, que nada mais é que uma intimidade gostosa entre um casal, ainda mais quando são parceiros fixos, aumentam os laços emocionais. Talvez nunca entendamos como funciona a testosterona em um homem, que consegue passar por cima de sentimentos como raiva, decepção, sentimentos que mexem tanto com a mente feminina e influencia sim, no tesão que essa mulher sente.
Questões culturais moldam nossa cabeça; cobranças, responsabilidades sobre nosso corpo, pois somos as máquinas de por seres humanos no mundo e sabemos o quanto isso nos dá medo.E é esse medo que culturalmente é colocado em nossa mente, por isso que desde sempre ouvimos que os homens só querem usar as mulheres. Não é isso.
Nos dias de hoje, pra uma mulher se sentir bem com ela e com o sexo, temos que cobrar responsabilidades de ambos, o parceiro também tem sua parcela de responsabilidade, pra deixar a mulher menos neurótica e mais relaxada.
Se você é uma mulher que sente muito tesão, mas nunca consegue ter um orgasmo, você precisa se livrar de tabus consigo mesma. Você é dona dos eu corpo, sexo não tem nada a ver com religião ou tabus. Orgasmo é uma sensação física do corpo humano. Solte-se, você consegue gozar éter prazer sim!
Problemas físicos e hormonais devem ser corrigidos para que a mulher possa ter satisfação garantida. Por isso que as consultas ginecológicas desde o início da vida sexual são tão importantes. E hormônios não só os sexuais, mas todos que mexem com todo o funcionamento do corpo, como tireóide, entre outros. Falta de estrogênio pode causar um ressecamento vaginal que deixa as relações horríveis. Corrigindo o problema, o prazer em fazer sexo volta.
Se você mulher, entrou na idade do climatério e se sente desanimada, sem tesão pra nada, está na hora de ver inclusive se não é necessário um antidepressivo ou uma consulta com um psicólogo. Isso é normal, pois muitas mulheres não têm com quem desabafar problemas íntimos e guardam mágoas e rancores que afetam demais a vida amorosa, emocional. E numa boa conversa, conseguem entender os problemas e achar a solução.
Há décadas aprendemos a ter responsabilidade sobre o nosso corpo: sabemos como nos proteger de uma gravidez indesejada, aprendemos a cobrar, lutamos por uma liberdade sexual justamente para poder falarmos sobre o que sentimos e o que queremos. Não é possível que ainda nos prendemos a vergonha de pedir do jeito que gostamos, uma posição diferente, porque você acha que o seu parceiro tem que adivinhar. Ele quer aprender, você tem que ensinar, ninguém nasce sabendo.
Se você se sente mal com seu corpo, se sente dores na relação, secura, mal estar, para tudo isso tem jeito. Informação sobre saúde e como se cuidar e de todos os problemas físicos você tem em qualquer lugar, basta você ir atrás, ler, se informar, ir ao médico.
E emocionalmente falando, como mulher que sou, ensino: antes de cobrar tanto, do outro e de você mesmo, pare, senta, reflita se vale a pena todo o drama empregado em batalhas fictícias em que só quem tem a perder é o seu lado emocional.
As cobranças femininas são eternas e em muitos casos, frustrantes e sem necessidade.


Aproveitando este texto, é importante ressaltar que toda dificuldade pode ser modificada, basta a pessoa querer e buscar alternativas para que isto aconteça. A Terapia Sexual auxilia muito no enfrentamento das dificuldades sexuais, bem como em uma melhora gradativa da sexualidade individual e da vida sexual do casal.

Psi. Adriana Visioli 

quinta-feira, 15 de março de 2012

Médico defende vacinação de homens contra HPV no país

Por alto número de casos de câncer de pênis, homens devem se vacinar contra HPV no Brasil


O Ministério da Saúde discute incluir a vacina contra o HPV (papilomavírus humano) no Programa Nacional de Imunização. Se aprovada, a vacina será para meninas de 9 anos a 13 anos, com custo em torno de R$ 600 milhões anuais. Apesar disso, o secretário da Comissão de Doenças Infecto-Contagiosas em Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo, José Eleutério Junior, acredita que a vacina também deveria ser aplicada em homens.
HPV está associado à metade dos casos de câncer de pênisHá uma intensa discussão científica global sobre o público alvo destas campanhas públicas. Isto porque o HPV está relacionado a praticamente 100% dos casos de câncer de colo de útero (o segundo que mais afeta as mulheres), mas também está associado a pelo menos metade dos casos de câncer de pênis.
“No Brasil, em especial, é aconselhável vacinar homens porque a incidência de verrugas é alta. O país é o segundo com maior número de casos de câncer de pênis no mundo. São de 5 a 11 casos para 100 mil habitantes, dependendo da região. Nos EUA, é 0,5 para 100 mil”, explica.
O HPV é a doença sexualmente transmissível mais frequente no mundo. Dados indicam que 80% da população entrou em contato com o vírus alguma vez na vida. Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), 25% das brasileiras estão infectadas, apesar de só 3% a 10% delas desenvolverem um câncer relacionado.
O lado masculino
Um estudo holandês publicado no periódico PLoS Medicine de dezembro de 2011 discute a eficiência das campanhas públicas de vacinação apenas para meninas. As conclusões são de que, apesar de a transmissão de homens para mulheres ser mais ineficiente, o que tornaria a vacinação de homens mais efetiva para reduzir a infecção em todos os níveis, as campanhas atuais têm sido suficientes.
Jeremy D. Goldhaber-Fiebert, professor da Universidade de Stanford, nos EUA, escreveu um editorial sobre o artigo em que afirma que a vacinação masculina não só diminuiria as doenças relacionadas ao HPV diretamente nos homens, como também reduziria a circulação do HPV na população, indiretamente melhorando a proteção das mulheres. Entretanto, o estudo conclui que a melhor estratégia é que a cobertura da vacinação contra o HPV em mulheres seja o mais abrangente possível.
No Brasil, o projeto de lei da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) propõe a vacinação gratuita para mulheres entre 9 a 40 anos, porém o Ministério da Saúde é contra a inclusão da vacina por lei e prevê a vacinação na rede pública apenas para meninas de 9 a 13 anos. Para o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, a ampliação do acesso ao exame de papanicolau e a melhoria do tratamento das lesões seriam a melhor solução para as mulheres em idade correspondente com a vida sexual.
O professor americano é contrário a esta ideia e defende a vacinação como o melhor método para combater o câncer de colo de útero. "É melhor prevenir o desenvolvimento do câncer com a vacina. Vale lembrar que muitas mulheres em países em desenvolvimento não tem acesso aos exames [periódicos de papanicolau que detectam lesões pelo vírus]", destacou. Grazziotin lembra que os Estados do Norte do país apresentam as maiores taxas de mortalidade pela doença, exatamente pela falta de acesso ao tratamento.
Vacinas
Existem duas vacinas contra o HPV, a quadrivalente e a bivalente. A quadri cria anticorpos para os dois principais tipos do vírus causadores do câncer (16 e 18) --os mesmos da bivalente --e também para dois tipos que geram verrugas genitais (6 e 11).  A vacina protege contra 70% dos casos de câncer de colo do útero.
A maioria dos países adota no sistema público a vacina quadrivalente. O Reino Unido divulgou no final de 2011 que a partir de setembro deste ano irá substituir a vacina dupla (fornecida desde 2008) pela quádrupla. Segundo pesquisa feita na Austrália, houve redução de 90% das verrugas genitais com a vacinação no sistema de saúde do país.
Para Eleutério Junior, é importante também proteger a população contra as verrugas genitais. “Temos cerca de 30 milhões de pessoas com verrugas todo ano no Brasil. Assim, é de interesse geral vacinar não só para prevenir o câncer, como também a própria DST”, conta.
A vacina, hoje só é fornecida na rede privada e custa cerca de R$ 400 a dose. Ela é aplicada em três doses. Para o governo, cada dose deve sair por US$14 mais impostos. Eleutério destaca que a decisão do governo por uma ou outra vacina deve ser pelo preço mais competitivo.

terça-feira, 13 de março de 2012

Confira dicas para evitar a ejaculação precoce

A ejaculação precoce, atualmente conhecida como ejaculação rápida, é causada apenas por fator psicológico e a grande vilã da história é a ansiedade. "Geralmente, os ejaculadores rápidos são homens ansiosos em tudo na vida. Eles se alimentam e tomam banho rápido, por exemplo", diz a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello.  

Segundo a especialista, ele reconhecer este comportamento já é o primeiro passo. "O homem ansioso tem de aprender a degustar os alimentos durante a refeição, caminhar percebendo os passos, ou seja, ele tem de estar presente de corpo e alma em todas as suas atividades", afirma.  

A sexóloga dá uma dica para o homem começar a superar o problema sexual. "Durante o banho, ele deve ensaboar todo o corpo e por último o genital. Assim, ele aprenderá a perceber sensações em outras partes do corpo além do pênis", diz Carla.  

O psiquiatra e professor da especialização em Medicina Comportamental da Unifesp, Geraldo Possendoro, afirma que para uma relação sexual o corpo masculino passa por uma espécie de "processo preparatório".  

Segundo o médico, para que o homem tenha e mantenha a ereção é necessária uma série de eventos fisiológicos de diferentes naturezas, sendo um deles a ativação da divisão parassimpática do sistema nervoso autônomo, ou seja, aquele que controla automaticamente o funcionamento dos órgãos.  

Já no caso da ejaculação é estimulada a divisão simpática do sistema nervoso autônomo. De acordo com Possendoro, esta região é responsável pela ansiedade nas pessoas. Portanto, o homem entra em uma relação sexual um pouco tenso, relaxa (quando ativa a divisão parassimpática do sistema nervoso autônomo) e fica um tanto ansioso ao ser estimulada a divisão simpática no momento da ejaculação. "O orgasmo por si só gera ansiedade por ser um evento futuro", explica o psiquiatra.  

Conforme explicou Possendoro, o ejaculador rápido já entra ansioso na relação sexual. "Ele apresenta uma ansiedade de performance. E ao pensar que vai falhar, já ativa a divisão simpática", esclarece. "Este homem tem de mudar a maneira de pensar e sentir a situação de entrar na relação sexual. O homem deve estar física e mentalmente relaxado". Técnicas de relaxamento são trabalhadas em terapia focada na ansiedade.  



domingo, 11 de março de 2012

Conheça os hábitos que comprometem a fertilidade da mulher

Poluição, tabagismo e alimentação inadequada são algumas das causas do problema


Para muitas mulheres com problema de fertilidade, ter um filho é uma realidade distante. Mas os vilões dessa frustração podem estar bem mais próximos do que se imagina. Tabagismo, sedentarismo, obesidade e estresse são apenas alguns dos fatores que atrapalham o sonho de ter um bebê.

"Qualquer fator que altere o funcionamento normal do organismo da mulher pode provocar irregularidades reprodutivas, inclusive a poluição e o estresse", explica Renato Fraietta, urologista do setor de reprodução humana da Unifesp. Para Joji Ueno, especialista em reprodução humana, a infertilidade feminina é resultante de uma série de fatores que fazem parte do dia a dia: "Idade avançada e doenças como a endometriose ainda são as principais causas do problema, mas agentes externos e hábitos de vida são determinantes quando o assunto é reprodução", explica. Descubra os fatores mais comuns: 

Evite a poluição

Segundo o especialista da Unifesp, ainda não há comprovação científica sobre a interferência da poluição atmosférica na saúde feminina, o que não elimina a possibilidade de haver, de fato, uma relação próxima entre esses dois aspectos. 

Tanto para Renato quanto para Joji, a poluição pode alterar os níveis de hormônios femininos de modo a causar certo desequilíbrio, proporcionado um aumento na possibilidade de ocorrer infertilidade. "A relação entre poluição e infertilidade é bastante coerente com o que os médicos pensam sobre a interferência de aspectos externos na saúde da mulher. Ela se encontra em equilíbrio. Quando exposta à poluição sonora, do ar e até visual, seu organismo tenta se adaptar à nova realidade e isso exige, obrigatoriamente, uma alteração hormonal Por isso que acreditamos que a infertilidade seja maior em mulheres nas grandes cidades", explica Renato. 

Joji acredita que tudo o que leva ao desequilíbrio gera infertilidade: "A exposição a situações anormais de sobrevivência alteram a quantidade e a qualidade da ovulação, podendo haver mais ou menos ciclos menstruais férteis ao longo da vida da mulher", afirma.

Respire fundo e relaxe
 
Uma das principais armadilhas contra as futuras mamães é a ansiedade. Quanto maior a vontade de ser mãe, mais tensa pode ficar a mulher, que passa a criar expectativas, provocando um atraso maior na hora dos resultados: "A espera pela maternidade, muitas vezes, causa um estresse enorme na mulher que passa a fiscalizar o seu ciclo menstrual, criando expectativas e cobranças. Isso só atrasa o processo e gera culpas e traumas. O ideal é procurar atividades que relaxem e não focar tanto em resultados, e sim em tentativas", explica Renato.

Ajuste os ponteiros da balança 

Alterações de peso provocam desequilíbrio na produção de óvulos e até dificuldade de ovulação. Para Joji Ueno, a obesidade traz conseqüências graves para quem tem dificuldades de engravidar porque causa doenças que impedem ou dificultam a reprodução: "Obesos geralmente têm pressão alta, colesterol elevado e são mais sedentários, o que dificulta um pouco mais o processo de engravidar", explica.

Tenha um cardápio equilibrado 

Uma dieta rica em legumes, frutas e verduras - além de cálcio e magnésio, que regulam os hormônios - evita os males da obesidade e ajuda a manter o corpo e a mente em equilíbrio. Por isso, fique de olho no cardápio: "Refeições balanceadas ajudam a manter os hormônios em dia, o cansaço longe e o corpo funcionando em equilíbrio", explica Renato. 

Fique de olho no relógio biológico

Embora a ciência tenha desenvolvido diversos métodos eficazes de fertilização, a idade ainda é um ponto fraco para a maternidade. Muitas mulheres preferem ter filhos mais tarde, por motivos profissionais ou pessoais, mas o que elas não levam em conta é que, após os 35 anos, há uma queda na qualidade dos óvulos produzidos. Isso diminui muito as chances de engravidar. 

"Diferente do homem que repõem a quantidade de espermatozoides ao longo da vida, as mulheres não renovam o número de óvulos que possuem desde o seu nascimento. Depois dos 35 anos, há um envelhecimento dos mesmos, diminuindo a capacidade reprodutiva", explica Renato. "O ideal é ter filhos até os 35 anos e, ainda sim, já há riscos da mulher encontrar certa dificuldade para engravidar", aconselha Joji Ueno.  

Medicamentos só sobre prescrição médica 

Alguns tipos de medicamentos de uso contínuo podem causar má formação no feto. Converse com o seu médico sobre esses riscos. "Antidepressivos, antibióticos e quimioterápicos em geral podem causar alterações na ovulação, provocando infertilidade. Por isso, use medicamentos apenas sob prescrição médica", alertam os especialistas. 

Evite esses vícios 

1. Fumo: o cigarro diminui o tempo fértil dos óvulos femininos, aumentando as taxas de aborto espontâneo e antecipando a chegada da menopausa. 

2. Álcool em excesso: ele interfere no funcionamento dos ovários, causando irregularidades na menstruação, ausência de ovulação e aumento do risco de aborto. Isoladamente, não há nada comprovado sobre a sua ação, mas, em conjunto com o cigarro e hábitos nada saudáveis, pode causar danos no fígado e prejudicar o desenvolvimento do bebê.

3.Drogas: elas causam a redução da qualidade e da quantidade dos óvulos, diminuição do tamanho dos seios e até aparecimento de pelos faciais e mudanças na voz. ?As chances de sofrer um aborto ou de gerar um bebê com má formação é muito maior em gestantes que consomem drogas?, alerta Renato.